quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Crepúsculo

É um filme de vampiros, logo eu estaria entusiasmado em ver este filme. Tenho saudades dos Vampiros de Carpenter, ou de um Conde Drácula, que fazem temer a nós próprios ou fazem querermos ser imortais para amar, e encontrar o erotismo na mordidela de um pescoço.

Mas acabou por ser um filme diferente. Os vampiros deixaram de viver na penumbra, deixaram de ter medo de morrer(mesmo sendo imortais), passaram a coexistir entre nós e criando o conceito de "happy-family". Podemos encontrar nestes vampiros algo de diferente, e que de facto são, mas para ser vampiro, é preciso morder e estes não morderam ... bolas!!

Talvez, quando os teenagers crescerem, então talvez possam morder ... vou esperar, ou talvez a leitura do livro Twilight de Stephanie Meyer me dê outra dimensão à coisa.

Havia uma banda sonora por trás, pouco perceptível, mas interessante.

Gostei imenso de um plano espectacular, em cima das árvores, sobre a região de Forks-Washington

Citações:
Edward Cullen: And so the lion fell in love with the lamb.
Isabella Swan: What a stupid lamb.
Edward Cullen: What a sick, masochistic lion.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Madagascar 2

Divertido, giro .... para distrair é bom.

Mas já vi outros com mais piada.


Citações:
Melman: Listen Moto Moto. You better treat this lady like a queen because you my friend, you found yourself the perfect women. If I was ever so lucky to find the perfect women I would give her flowers everyday and not just any flowers, okay? Her favorites are orchids, white, and breakfast in bed... six loaves of wheat toast with butter on both sides, no crust. The way she likes it. I'd be her shoulder to cry on and her best friend and I'd spend everyday trying to think of how to make her laugh. She has the most, most amazing laugh. Well that's what I would do if were you.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A Dupla Face da Lei

Com alguma expectativa fui ver como estes dois excelentes actores (Robert de Niro e Al Pacino) contracenavam neste filme. Saí meio que frustrado, porque não trouxeram nada de novo. Foram ambos intérpretes de uma actuação simples e q.b., e ficamos por aí ...
Complementaram-se talvez ... um através de uma personagem mais extrovertida e descontraída e outro mais introspecto e "certinho".

De resto, achei o enredo interessante mas com a história mais do que óbvia, portanto ali também não houve nada de novo.

Citações:

Turk: You don't become a cop because you want to serve and protect. You join the force because they let you carry a gun and a badge. You do it because you get respect.


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

007 - Quantum of Solace

Eu fui ver um filme de acção pura, e não o James Bond. Aliás, eu nem cheguei a ser apresentado ao Bond, James Bond durante o filme, e nem vi gadgets do tipo, isqueiro que dispara balas ou relógios que têm a função de detonar um prédio, por exemplo.

O que vi, foi pura acção e adrenalina, vi uma data de explosões no meio do deserto, vi aviões a despenharem-se, vi muita porrada, vi uma perseguição de carros muito fixe logo no inicio, mesmo ao estilo dos famosos filmes do 007, vi uma "bond girl" super-híper-bronzeada (mais valia colocarem naquele papel novamente a Halle Berry, se queriam morenaças), e continuei a ver um agente secreto, que já não é mais secreto para ninguém, sem muita dose de galanteador mas mais numa de "partir-para-a-porrada-que-é-o-que-interessa".

Em termos de enredo, Quantum of Solace, dá seguimento ao anterior Casino Royale, onde se procura desmantelar a mesma máfia e vingar as mortes que aconteceram antes.

Não me deslumbrou, mas também não foi tempo perdido.

E vi outra coisa que fiquei fascinado ou saudosista (se não estivesse sozinho, iria fartar-me de dizer "já estive ali", "já estive ali", "já estive ali", "e já estive ali", "ali tb já estive", "e ali", etc ... até mandarem-me calar).
Ou seja, vi Siena, essa espectacular cidade em Itália aonde me perdi naquelas ruas labirínticas, aonde andei às voltas quase um dia sem chegar a sitio nenhum, aonde apreciei aquela atmosfera medieval, e onde fiquei deslumbrado com a praça central, e onde ficaria ali mais uns dias.

Citações (este parece-me ser um diálogo digno dos filmes de James Bond. E o nome Strawberry Fields é para mim dos nomes mais convidativos para apresentar uma ruiva bastante sensual)
Strawberry Fields: [Walking uo to him at the airport] Mr. Bond, my name is Fields. I'm from the consulate.
James Bond: Of course you are. And what do you do at the consulate Fields?
Strawberry Fields: That's not important. My orders are to turn you around and put you on the first plane to London.
James Bond: [Walking past her] Do those orders include my friend Mathis?
Strawberry Fields: [to Mathis] I'm sorry, I have no idea who you are.
James Bond: [to Mathis] You see you've been gone for such a short time that you're already forgotten.
Mathis: You're just saying that to hurt me.
Strawberry Fields: [Following Bond out] Mr. Bond these orders come from the highest possible authority.
James Bond: Taxi! Fields when is the flight to London?
Strawberry Fields: Tomorrow morning.
James Bond: Well then we have all night.
Strawberry Fields: If you attempt to flee I will arrest you, drop you off at the jail and take you to the plane in chains, understand?
James Bond: [Opening the taxi door] Perfectly, after you.
Mathis: I think she has handcuffs.
James Bond: You hope so.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Reviver o passado em Brideshead Reviver o Passado em Brideshead

NOTA: Não ir ver os filmes na mesma semana de estreia!!!

Da outra vez foram as pitas matraqueiras. Desta vez foram os velhos chatos.
Chegam atrasados, são lentos a sentar, fazem barulhos estranhos durante o filme, levantam-se para sair, voltam outra vez, levam sacos plásticos com as compras de natal e mexem esses mesmos sacos de plásticos como se tivessem pipocas na mão, ... sei lá mais o quê!!

Quanto ao filme propriamente dito.
Gosto imenso de filmes de época, e esta foi uma das razões porque estava interessado em ver este filme. Imaginar aquelas paisagens inglesas e contemplar cenários simplesmente belos, é como diz um dos personagens no meio do filme sobre a casa de Brideshead, "It's magnificent".

Mas de um modo geral o filme desanimou-me. Faltou prender o espectador ao enredo, faltou a paixão que serve de fundo àquele cenário "very british". Algures no filme, a acção passa por Veneza, e julguei que a paixão que faltava pudesse ser envolvida nesse cenário, mas ficou tudo no ar sem se conseguir passar para a tela.

E depois no final, reviver Brideshead, foi qualquer coisa como voltar à casa antiga e a única memória foi a visita à capela velha.

Citações:

domingo, 16 de novembro de 2008

Ensaio Sobre a Cegueira

Primeira Nota:
Fui ver o filme, no dia de estreia e na sessão mais concorrida de pitas que nunca foram ao cinema. Resultado ... ficar numa lateral da sala, com uma sala a abarrotar, e com as pitas a matraquearem a«o filme todo. Pior foi ainda gozarem com os pobres dos cegos. Conclusão ... nunca deixar a minha regra, de ir ao cinema só aos filmes que já estrearam à mais de uma semana.

Quanto ao filme, prefiro falar somente do filme e não da interpretação do filme sobre a alegoria da "cegueira" escrito por Saramago no seu romance.

Cheguei ao fim, com uma sensação de claustrofobia e penso que se deveu a uma fotografia bastante sobreexposta. Realmente não tenho muito mais a dizer, penso que a leitura do livro é indispensável, embora não tenha lido o livro, e pelo que li de outras críticas e mesmo pela percepção de José Saramago, creio que o filme está muito próximo do livro.

Interessante foi chegar ao fim do filme e não saber o nome dos personagens. Aliás, se formos cegos para que é que nos interessa saber o nome das pessoas (será que foi isto que pensaram ?)

Citações:
King of Ward 3: I will not forget your voice!
Doctor's Wife: And I won't forget your face!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Paris

Mais um filme de Klapisch sobre histórias de gentes. Desta vez estamos em Paris. Cidade de sonhos, cidade do amor, cidade de gentes do mundo, cidade viva de gente solitária. Um filme que nos conta essas histórias de vida que não são, nem mais, nem menos díficeis que outras, ou mesmo do que as nossas.
Um filme que nos ensina a apreciar o que temos, e saber aproveitar o que a vida nos suscita todos os dias. Enfrentar os nossos problemas, sofrendo por amor ou não se amado, ou a dor causada por alguém que desaparece para sempre, faz parte de tudo isto que é viver para amar.

Com um elenco de luxo (mais um), Juliette Binoche continua a deslumbrar com a sua simplicidade, e mesmo aos 40 continua bonita como antes.

Por fim, uma fotografia de paris absolutamente fantástica, qual retrato postal.

Citações:

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Em Bruges

Na primeira longa metragem de Martin McDonagh, este traz-nos um filme bastante interessante. Por um lado, uma boa forma de publicitar uma cidade algo desconhecida, mas que tem muito a nível cultural para ser explorada e vivênciada. Por outro, uma excelente narrativa acompanhada por bons desempenhos de Colin Farrel, Ralph Fiennes e Brendan Gleeson.
Usando de um humor, se calhar não tão "British" mas "Irish", dois assassinos contratados são enviados àquela cidade medieval belga para fazer turismo depois de um trabalho mal executado. Um adora, o outro não. E assim, inicia-se esta história, que aos poucos vai sendo desvendada e articulada à medida que vão-se sucedendo episódios estranhos.
À semelhança de Cassandra's Dream, Colin Farrel continua a desempenhar papéis de personagens problemáticas e indecisas, enquanto Ralph Fiennes demonstra uma personagem de enorme rudeza e crueldade, mas ao mesmo tempo coerente e concertante com os seus ideais.

Achei interessante, os cenários de Brugges, e os diálogos desconcertantes do Colin Farrel.


Citações
:

Ken: Coming up?
Ray: What's up there?
Ken: The view.
Ray: The view of what? The view of down here? I can see that down here.
Ken: Ray, you are about the worst tourist in the whole world.
Ray: Ken, I grew up in Dublin. I love Dublin. If I grew up on a farm, and was retarded, Bruges might impress me but I didn't, so it doesn't.


Ray: Bruges is a shithole.
Ken: Bruges *is* not a shithole.
Ray: Bruges *is* a shithole.
Ken: Ray, we only just got off the fucking train! Could we reserve judgement on Bruges until we've seen the fucking place?


Ray: Maybe that's what 'ell is, an entire eternity spent in fucking Bruges.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Destruir depois de Ler

De volta ao cinema, mais de 2 meses depois, pergunto ... como foi possível?
Perguntas à parte, vamos ao que interessa.

Destruir depois de ler. Acho que comecei bem em ter ido assistir a esta comédia, ou melhor, a este filme para idiotas, sobre idiotas que interpretam figuras idiotas, e que vão populando este mundo como se eles, os próprios idiotas fossem o centro deste mundo.

Este filme assenta na história (...cruzada) de várias personagens chave:
- Um analista da CIA, que se despede em vez de querer ser despedido, e procura escrever as suas "mémoires";
- Uma pediatra que decide avançar com uma acção de divórcio, mas que procura ficar com o dinheiro todo do casal;
- Um oficial das finanças que dorme com todo o rabo de saia que lhe apareça à frente;
- Uma mulher desesperada por dinheiro e obcecada pela cirurgia plástica dos seus sonhos;
- Um "Personal Trainer" que só é um autêntico Johnny Bravo em carne e osso (Excelente a interpretação de Brad Pitt nesta personagem)

No meio destas histórias, está um CD perdido que contém informação das "memórias" escritas e que envolve as tramas todas durante o filme.

A cena e o diálogo final, é o que melhor caracteriza este filme. Quando um responsável apresenta um relatório ao seu superior sobre algo que aconteceu e não sabe explicar o que aconteceu porque não faz ideia do que aconteceu, e o superior não pode decidir nada porque não tem como ou o que decidir, e as ilações que porventura podia tirar não as consegue tirar, demonstra o quão esta sociedade se parece cada vez uma sociedade idiota.

A meio do filme, quando vejo ao meu lado, gente a rir-se (gargalhadas) de cenas idiotas do filme, penso comigo mesmo que são os irmãos Cohen a gozar com quem está a ver este filme de idiotas, feito para idiotas e com espectadores idiotas.

Aconselho vivamente a ver este filme, e ver até que ponto os irmãos Cohen gozam connosco, ou com a sociedade em geral, porque o pensamento que fiquei depois de ver este filme é que "a Inteligência é Relativa"


Citações:

CIA Superior: What did we learn?
CIA Officer: Uh...
CIA Superior: Not to do it again.
[pause]
CIA Superior: I don't know what the fuck it is we *did*, but...

---

CIA Superior: So what did we learn from this?
CIA Officer: Um... I don't know.
[pause]
CIA Superior: I don't fuckin' know either.

---

CIA Superior: Report back to me when it makes sense.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Os Amores de Astrea e de Celadon

"Que filme mais parvo!"

Foi o que pensei assim que acabou o filme. Tenho muito pouco a dizer, apenas que é genial e parvo ao mesmo tempo.

O que gosto do cinema, é a forma como se tenta contar histórias. Há histórias dramáticas, histórias comédias, histórias de romance, etc ... E depois temos a visão que o realizador tenta transmitir ao longo dessas histórias. Mas usar o cinema para contar uma história parva (ou melhor, que eu considero parva), acho de um arrojo estupendo. Por isso mesmo, e porque ficou um filme Parvo, achei genial.

Saimos da sala a conter o riso, e com vontade de dar umas valentes gargalhadas lá fora ...

Citações
Astrée: Vive, vive, vive, Celadon!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tropa de Elite

Às vezes temos de ser capazes de reconhecer o que de podre há neste mundo.
As favelas brasileiras, são um exemplo disso. Mas é um fenómeno que temos de perceber, e há muito por onde começar a pensar. A nossa sociedade, a nossa cultura, a nossa religião, a nossa liberdade. Aonde é que isto tudo acaba e começa? Que direitos temos nós para viver?
E também perceber o porquê das coisas, para encontrar uma solução.

Tropa de Elite, um tanto como Cidade de Deus, mas menos romanciada, talvez um bocado mais crua.

Resposta de um amigo:
"Aquilo é Brasil!"

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Get Smart - Olho Vivo

Lembro-me perfeitamente da série a preto e branco que deu na televisão há muito tempo atrás. Adorava aquilo.
Um filme perfeitamente enquadrado na série dos anos 60, mantendo o mesmo estilo e com referências à série original, como exemplo o carro do agente Maxwell Smart. As peripécias estão bem ligadas aos anos correntes. E adorei ver os trabalhos do Steve Carrel e da Anne Hathaway na personificação dos agentes da CONTROL.

Além de divertido, é claro ...

Citações:
Maxwell Smart: Are you thinking what I'm thinking?
The Chief: I don't know. Were you thinking, "Holy shit, holy shit, a sword fish almost went through my head"? If so, then yes.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O Cavaleiro das Trevas

Uma obra prima, foi a vontade de dizer ao sair da sala.

Mais um grande filme de Cristopher Nolan, e já começam a ser muitos para eu começar a considerar ser este um grande realizador de cinema. Uma intensidade brilhante, um conjunto de actores que deram o melhor neste filme, num Morgan Freeman ou numa Maggie Gyllenhaal.

Ao contrário de outros filmes da Marvel, este Batman da-nos um ambiente talvez mais real, mais de acordo com os dias de hoje, mesmo sendo numa Gotham City que é a cidade mais escura de todos os tempos. Aqui vemos Gotham, à luz do dia ... uau!

Continuo a achar que Christian Bale, é um Batman mais verdadeiro. Um Batman que é vulnerável e que tem sentimentos e sofre. Que se considera um justiceiro, mas que não herói.

Por fim, o Joker.
Heath Ledger, faleceu no inicio deste ano e deixou-nos este personagem incrivel. Não é que o Joker de Jack Nicholson e Tim Burton no primeiro Batman, fosse mau. Mas este Joker de Heath Ledger e Christopher Nolan está simplesmente divinal. O ar neurótico, o prazer do caos, a lingua fora da boca quando fala, o make-up estragado, o gozo pela destruição (adorei a cena que ele faz explodir o hospital, à medida que sai de lá vestido de enfermeira.) onde podemos apreciar.

Para sempre um dos grande vilões de cinema está aqui neste filme.

Em efeitos especiais, incrivel a figuração no Harvey Dent para "Two Faces"

domingo, 27 de julho de 2008

O Panda do Kung Fu

Ui, ....

como eu adoro estes filmes.
A criatividade subjacente a cada frame, a forma como os bonecos são transformados em quase figuras humanas através de expressões corporais e muito bem trabalhadas, são um dos 'must' nestes filmes de animação ultimamente.
Achei espectacular a cena de luta na ponte de corda entre o mau Tai Lung e os 5 guerreiros, está muito bem trabalhada e com um grau de dificuldade bastante grande.

Um filme de colecção.

sábado, 26 de julho de 2008

Brincadeiras Perigosas

Um filme, remake, do mesmo "Brincadeiras Perigosas" de 1998 do mesmo Michael Haneke, mas que é passado em US.
Uma exploração da violencia na sociedade, num plano mais psicopático e tortuoso. Dois jovens, apoderam-se de uma familia na sua casa de férias e assim transformam o primeiro dia de férias num, ou vários, momentos de pânico, terror e tortura.
Excelente a interpretação de Michael Pitt (Paul) e do seu amigo Brady Corbet (Peter). A Naomi Watts (Ann) também está fantástica.
Achei a banda sonora também muito boa.

Um filme para não todos os gostos.

Citações:
Anna: Why don't you just kill us?
Peter: [smiling] You shouldn't forget the importance of entertainment.



domingo, 20 de julho de 2008

Procurado

Novamente uma Angelina Jolie em grande, assim como também Morgan Freeman e o jovem actor James McVoy.

Mas, o que espectacular são as novas ideias de fazer cinema que chegaram neste filme. Novas ideias porquê?
Balas a serem disparadas com efeito, e com trajectórias circulares, cenas de acção particularmente futuristas mas fantásticas na mesma, assassinatos impecáveis e muita coisa mais que ainda poucos realizadores de cinema de acção conseguiram alguma vez fazer.

Citações:
Fox: Kill one, maybe save a thousand.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Houdini, o último grande mágico

Sem o fascinio de o Terceiro Passo, ou a criação da ilusão e magia, torna-se uma história quase vulgar. Uma procura de justificar o romance de Houdini e de alguém que lhe tenta 'iludir' a fama.

Gostei mais de saber alguns aspectos da vida de Houdini.

terça-feira, 8 de julho de 2008

O Incrível Hulk

Acho sinceramente o Edward Norton um grande actor. Em o Incrivel Hulk, penso que não é dos melhores filmes para acrescentar valor à carreira deste actor.
O outro, o Tim Roth, continua para mim a ser aquele tipo de actor que só tem um tipo de papel, o de mau da fita e com ideias psicopáticas. E ele faz isto.
A Liv Tyler, penso que está mais velha do que eu imaginava ....

Quanto a Hulk, este é uma continuação do Hulk anterior, mas sem os mesmos actores. Não fazendo parte de uma sequência, Incrivel Hulk, é um novo episódio, ou como queiram uma nova "revista" com uma história diferente. É como se fossemos ler numero seguinte dos livros do Hulk.

Está bastante interessante a sequência inicial onde o Bruce Banner se esconde nas favelas do Brasil e reconhecer aquilo daquele lado. Mau, mau, são os personagens da favela, que parece que não sabem falar português.
A luta final, parece-me bastante exagerada e sem um fim natural ou um final fantástico. Podia-se fazer melhor, penso eu.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sexo e a Cidade

- Então Nelson, o que achaste do filme?
- .... err, hum!!! ... histéricas!!!

That's a man point of view

sábado, 14 de junho de 2008

Cruel Intentions, 1999






Um filme com actores e actrizes bastante jovens e muito promissores na altura e uma futura óscarizada. Um filme com um argumento excelente. E o beijo mais "hot" visto no cinema.

Citações:
Kathryn: Can I take my new car for a ride?
Sebastian: Kathryn, the only thing you'll be riding is me.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

O Enigma de Fermat

Números, mentes, matemática, lógica, ilusão, ... Enigmas.
É isto, um filme cheio de enigmas e para quem gosta, é muito interessante.

Quanto ao filme, trata-se de um boa realização de Luis Piedrahita e Rodrigo Sopeña. O aumento de suspense ao longo do filme, faz lembrar as histórias de Agatha Christie. Mesmo o ambiente criado à volta das personagens sugere isso. O Ambiente de desconfiança, o levar o espectador a imaginar vários cenários, faz com que o próprio se sinta dentro do enigma.

Um bom filme para ver.

Enigma:
Um lobo, uma couve e uma ovelha estão perto de um pastor na margem de um rio. Ele quer atravessar para a outra margem mas só pode levar um de cada vez.
Sabendo que o lobo come a ovelha, que a ovelha come a couve, e que nenhum dos predadores pode ficar sózinho com a presa em qualquer das margens, como irá o pastor resolver o problema?


segunda-feira, 2 de junho de 2008

Indiana Jones, e o Reino da Caveira de Cristal

Há filmes assim, porque são assim e mais nada. Explicação pouco clara, mas um Indiana Jones é único. As aventuras são únicas, por muito exploradas que já tenham sido por outros realizadores. As piadas, de filme para filme, são sempre as mesmas, mas caiem sempre bem. As cobras estão lá. O actor, Harrison Ford (e embora muito mais velho que nas aventuras anteriores) mantém a mesma capacidade e forma fisica que este Indiana requer, sob todos os epítetos fisicos inerentes à sua condição de avetureiro, explorador e cientista.
Eu gostei, afinal soube sempre bem voltar a lembrar-me do quanto gostei dos Indianas anteriores. Este não é o melhor deles, mas não se perde tudo.

O final estragou muita da piada do Indiana. Para mim qualquer coisa vinda do espaço, num filme que não é de ficção científica, morre ali mesmo. E este ficou-me marcado por isso.

Citações:
Mutt Williams: Grab the snake!
Indiana Jones: Stop calling it that! Call it something else!
Mutt Williams: Like what?
Indiana Jones: A rope! Call it a rope!
Mutt Williams, Marion Ravenwood: Grab the rope!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Agora é à borlix

165 euros / 5 euros(preço médio) = 33 sessões de cinema.

Desde o inicio do ano, foram cerca de 33 sessões de cinema.

A partir de agora é à borlix até ao fim do ano.

Faltam 7 meses, cerca de 28 semanas. Digamos que uma média de 1,5 por semana temos ainda 42 filmes para ver e comentar.

Uff.

domingo, 25 de maio de 2008

O reino proibido

Bom digamos que já não se fazem filmes como o Karaté Kid, ou séries de Kung-Fu como os Jovens Heróis de Shaolin. Por mais filmes que apareçam, penso que nenhum chegará a esses êxitos. Para mim, e de acordo com as devidas ressalvas temporais, nunca haverá outro filme como Karaté Kid, ou séries de Kung-Fu como o já mencionado J.H.S. ou mesmo Kung-Fu (do David Carradine).

Fui, com este interesse ver este filme de tudo à molhada, e houve quanto baste, mas não me entusiasmou.
O Jackie Chan, para mim é um chinês muito americanizado, logo filmes que se desenrolam na China parece que está fora do seu meio.
O Jet Li, é de outra dimensão, tem um ar muito futurista para fazer filmes de época ou coisa parecida. E depois, a historia do puto-que-leva-porrada-de-todos-e-depois-no-final-dá-uma-sova-a-todos, já está mais que vista e revista nos Karaté Kids I, II, III, (...), ... e ficamo-nos por aí.

Para quando um filme intenso na arte do Kung-Fu, com monges e mestres de artes marciais, como deve de ser???

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O Segredo de um Cuscuz

A história de uma familia de origem magrebina, no sul de França.
Um pai afastado da familia, que luta por uma vida nova. Procura, depois do seu despedimento, seguir o sonho de um restaurante dentro de um barco. A sua familia, os seus filhos, ajudam-no a lutar por esse desejo. Quando por fim chega a noite da inauguração, tudo acontece-lhe.

Tudo gira à volta de um prato de Cuscuz de Peixe. Delicioso. A mesma familia, reúne-se ao domingo para apreciar esse prato característico de terras magrebinas. Evoca-se a cultura, a religião, o espírito, à volta da mesa. Fala-se alto, grita-se, ri-se, chora-se, como em todas as familias. Sente-se a raiva, e o amor. Onde existe algum carinho, vislumbra-se também a tristeza. Há depois a entreajuda de todos em nome do Cuscuz de Peixe, pena que depois há as "ovelhas negras".

O pai, Slimane, absorve todas as tristezas e crueldades que lhe surjem à frente. Com ar de sofreguidão continua o seu caminho, guardando num silêncio uno toda a sua angústia e dor.

De uma realização muito terra a terra, de Abdel Kechiche, conseguimos perceber perfeitamente como uma familia magrebina se comporta entre os seus.

Uma banda sonora para prestar atenção.

domingo, 18 de maio de 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Me@Monstra

Nestes ciclos de curtas de animação, em que apresentam sempre qualquer coisa de genial, sonho um dia realizar a minha curta de animação e ser projectada em tela de cinema.

"Um dia lá chegarei."

quarta-feira, 7 de maio de 2008

My Blueberry Nights - O Sabor do Amor

Talvez um 'dejá vu' de "Lost in Translation", mas na américa, pelo facto de encontrarmos pessoas à deriva consigo próprias.

Norah Jones (a cantora sim), a refazer-se de um desgosto amoroso, encontra refúgio num café nova-iorquino e faz amizade com o gerente do café, e ambos terminam as noites a comer a tarte que sobra e mais ninguém come no café. Tarte de Mirtilos, com gelado.

Entre conversas sobre chaves que resumem histórias de pessoas, e a necessidade de viajar o mais longe possível e encontrar gente nova, com novos horizontes, para no final perceber que quem procura está naquele café, ao sabor de uma tarte de mirtilo.

Precisamos de nos perder para nos encontrarmos, e não perder as chaves para que consigamos abrir as portas fechadas.

A Norah Jones, notou-se que ainda não tem a "escola" de representação, sendo muito estática (não consigo arranjar melhor termo, para dizer que não está à vontade na representação), ao contrário de uma Rachel Weisz fatal que deslumbra na primeira aparição no filme.


Citações:
Katya: Sometimes, even if you have the keys those doors still can't be opened. Can they?
Jeremy: Even if the door is open, the person you're looking for may not be there, Katya.

Elizabeth: It took me nearly a year to get here. It wasn't so hard to cross that street after all, it all depends on who's waiting for you on the other side.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

IndieLisboa, Go Go Tales

Aqui está um excelente filme que duvido que chegue às nossas salas de cinema.
É um filme que aborda a vida de cabaret de strip com dificuldades financeiras e quase a abrir falência. A única possibilidade de não se fecharem portas é a sorte da lotaria de 18 milhões bater à porta do gerente.
É assim que durante 90 minutos somos confrontados com esta película de Abel Ferrara, que faz-nos viver ao longo do filme essas histórias sempre dentro do clube, entre as paredes do escritório de contabilidade e a sala de strip. Ou seja, praticamente o Set de filmagem é o cabaret e não saímos de lá. Excelente.

Depois, os diálogos, simplesmente geniais. (Pena que ainda não consegui arranjar o texto -citação- de um diálogo/monólogo para colocar aqui e que estava lindo)

Willem Dafoe, também a mostrar porque é um excelente actor, sem estar na pele do mau da fita ...

sábado, 26 de abril de 2008

Nós Controlamos a Noite

É verdade, há filmes assim.
Não que seja um grande filme, achei um filme normal pró mediano. Mas gostei de ver, considerando que deu para me distrair.
Logo a iniciar uma cena escaldante. Uma música da Blondie, a fazer lembrar os anos 80, ... para me fazer traulitar a música ao longo desse dia.
Gostei também a cena da perseguição no meio da chuva torrencial, acho que é a primeira vez que vejo uma perseguição de carros sem grandes velocidades. Achei bastante criativa a cena.

Quanto a interpretações não achei nada de mais.

domingo, 20 de abril de 2008

O Tesouro Encalhado

Há filmes assim ...
é só mesmo para encher. E enche-se, enche-se, enche-se ... e assim se passa hora e meia. Só tenho pena do tipo na sala de cinema que ria-se às gargalhadas e às pázadas, atrás de mim. Não é que me irritava, mas que ... coitado. Assim, como há filmes assim, há público assim ... como quem nunca foi ver uma comédia ao teatro por exemplo.

A aposta na dupla Kate Hudson e Matthew McConaughey, porque eventualmente foi um par com uma quimica perfeita em "Como perder um homem em 10 dias", ficou desta vez algo forçada porque os personagens que interpretaram formaram uma equipa e não partiram para a competição entre eles, ao contrário do inicio do filme onde parecia que os conflitos existentes poderiam dar um interesse maior ao filme.

Citações:
Ben 'Finn' Finnegan: Come on, Tess. You're not going hit me.

domingo, 13 de abril de 2008

Uma Segunda Juventude

Uma segunda juventude só para termos tempo de terminar o que nos foi impossível terminar dentro do nosso tempo.
Tempo também para voltar a encontrar a pessoa com quem pretendemos partilhar a nossa vida, quando não foi possível no tempo devido.

Existirá mesmo uma segunda oportunidade? Eu quero acreditar que sim.

Gostei dos desempenho de Tim Roth e de Alexandra Maria Lara. Aliás a Alexandra parece-me que vai ser uma nova musa aqui para estes lados.

Embora todas as criticas que li não sejam favoráveis, gostei de ver este filme, mas também não me alongo em muitas explicações.

Corações

Numa Paris branca da neve a cair, viajamos entre 6 vidas de personagens que se cruzam em histórias envolventes para os dias de hoje.

São vidas que assemelham-se às nossas, desencontradas e quando pensam encontrar-se voltam a desencontrar-se, ou então vidas escondidas sobre outras vidas, obrigando-se a viver numa inverdade desesperante.

Um filme para ver e reconhecer que o que motiva de facto a nossa vida é o encontrar do "Efeito Surpresa", e por mais que consigamos controlar e orientar-nos por um fio continuo, esperamos sempre que algo surpreendente nos atinja ...


Sobre a realização, uma especial atenção para a neve que caía que fazia a transição entre-cenas. Algo bem interessante.

domingo, 6 de abril de 2008

10 000 A.C.

Há filmes que foram feitos para não serem levados a sério.
Em vez de à 10000 anos atrás, imaginei-me sim daqui a 10000 anos, mas em que a evolução da espécie humana regrediu, possivelmente devido a alguma limitação nossa algures no tempo. Depois também apareceram os animais de antigamente, mamutes, dentes-de-sabre, aves gigantescas, etc,.... , e voltou tudo à estaca zero. Ganda chatice, né!!

Este filme conta uma história de heróis, reconhecidos através de premonições e em crenças na salvação dos povos através desses mesmos heróis. Depois há a miúda gira que morre mas não morre, ou o herói que é herói sem saber como, ou então perseguições entre as patas dos mamutes sem que haja esmagamentos ou coisa parecida.

Eventualmente ainda podemos associar alguma das partes do filme, a certos momentos da nossa história mundial, mas nada para levar muito a sério.

domingo, 30 de março de 2008

I'm not there

Por momentos, durante o filme, pensava afinal aonde é que eu estava. Talvez por não conhecer parte daquele mundo (o do Bob Dylan), ou mesmo por não me identificar com alguns dos seus "living concepts", senti-me meio fora de contexto durante quase todo o filme. Definitivamente Eu não estava lá ...

Uma forma diferente de contar e mostrar a vida de um excelente músico, através de 6 (ou 7) outras personagens, valoriza mais este filme.
De facto, não fiquei muito entusiasmado, mas acho que houve uma boa realização e as interpretações do Marcus Carl Franklin, Cate Blanchet e Christian Bale muito boas.

Citações:
Jude: [to a crucifix] How does it feel?

Arthur: I accept chaos. I don't know whether it accepts me.

sábado, 22 de março de 2008

O Amor nos Tempos de Cólera

Eu acho mesmo que o melhor é ler o livro. Terá concerteza mais ilusão do que ver a ilusão daquela história de amor.

Do resto, uma boa fotografia e imagens interessantes de uma Colômbia que desconhecemos. Talvez mais um país a juntar à lista de locais a visitar um dia.

Citações:
Florentino Ariza: Shoot me. There is no greater glory than to die for love.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Caramel

Simplesmente um filme giro, cheio de bom humor e amizade, que nos delicia com mulheres lindas dentro de um "contexto sonoro" (chamemos-lhe assim, ao facto do filme ser falado em libanês) diferente e que nos deixa água na boca com o caramelo.
Não é um filme que conta uma história com principio, meio e fim, mas que enquanto a história decorre somos forçados a conhecer a vida daquelas amigas e depois no final quando o filme termina, lá vamos nós sossegados para casa e a saber que algures irão haver 4 mulheres no mundo a viver a sua vida da mesma forma que sempre viveram ...

E é também um filme onde estamos em Beirute e não nos lembramos dos bombardeamentos que aquela cidade sofre.
Onde vemos felicidade e não nos lembramos das dificuldades que aquele povo deve sofrer ao longo deste tempo de guerra.
E onde vemos pura amizade e percebemos que de facto é a amizade que nos suporta nesta vida.

Não esquecer este nome Nadine Labaki. Além de bonita actriz, tem também um grande potencial artistico (como actriz ou realizadora ainda não sei), por isso espero-a ver mais vezes a partir de agora.

domingo, 16 de março de 2008

2 irmãs, 1 rei

O que poderia esperar de um filme com Natalie Portman e Scarlett Johansson?
Não é que seja fã delas, ou fique embeiçado por elas, mas elas dão aquele "elan" a qualquer película em que participem.
De modos que achei a Natalie Portman não encaixava muito naquela personagem de época. Ela tem um ar de rapariga mais moderna e fashion.
A Scarlett, já penso que encaixava melhor na personagem de Maria, mas não deslumbrou porque basicamente foi o suporte da Ana (Natalie Portman).
O filme fala-nos das cumplicidades e manipulações que se criavam à volta da corte para que os subditos do Rei pudessem continuar a disfrutar dos prazeres e realezas daquela época.
Apesar de tudo, gosto também destes filmes de época e que me transmitem realidades do passado onde tudo era bem diferente do que é agora, quer culturalmente, quer socialmente ou mesmo em termos de ideais.

Citações:
Mary Boleyn: We’re sisters
Anne Boleyn: And therefore born to be rivals.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Persépolis

"A minha vida dava um filme indiano", este seria porventura o titulo do meu filme autobiográfico (de animação como é óbvio)... um dia, quiçá.
À semelhança de Persépolis, era capaz de ilustrar um conjunto de actos de bravura e outros nem por isso, com algum teor de loucura e uns pozinhos de trapalhice (... ou talvez trapalhice com loucura misturada), que ao longo 30 e poucos anos fazem jus à minha condição de insatisfeito por tudo e por nada. E penso que isto não há-de ficar por aqui, eventualmente alguns episódios marcantes ainda estarão para acontecer ...

Persépolis, é assim também um filme de animação autobiográfico de Marjane Satrapi. Marjane Satrapi é uma autora de BD iraniana, que escreveu e criou esta banda desenhada que agora está transformada em filme de animação, e que se baseia na sua vida desde a altura que era uma criança com ideias firmes até à altura em que mais adulta se vê obrigada a fugir do seu país por força do regime que lá impera.
Aqui nesta longa metragem de animação, temos oportunidade de perceber como o povo iraniano vive ou viveu a instabilidades dos regimes que politicamente e teocraticamente vão governando um país, na pele de uma criança, adolescente e mulher.

A vida não faz sentido se não continuar-mos a ter esperança de que as nossas crenças e sonhos de criança um dia se realizarão. É uma busca, ou tem de ser uma busca continua para que Nós, possamos mudar este mundo que não é de maneira nenhuma aquele que idealizamos enquanto ingenuamente ... sonhamos.
A mensagem que retiro deste filme, na minha introspecção, é uma mensagem de esperança.

Também gostei. Um filme para a minha lista de colecção (que um dia estará dísponivel nas minhas prateleiras).


Citações:
Marjane's grandmother: The first marriage is practice for the next one.

domingo, 9 de março de 2008

Este País Não é Para Velhos

Mas porque raio este filme ganhou os óscares mais importantes, fiquei a pensar depois de sair da sala de cinema.
Com um argumento simples, sem nada de excepcional e uma história que se conseguia facilmente perceber o final qualquer que fosse o desfecho.
Depois, fui ficando fascinado com algumas cenas do filme. Se ao todo do filme, pudermos focarmos em determinadas cenas, então já consigo perceber porque "No Country for Old Man" ganhou os óscares que ganhou. Para quem já viu, lembrem-se disto(http://www.youtube.com/watch?v=dKrekMKl_Vk), disto (http://www.youtube.com/watch?v=WtNvBDYWFUg) e disto (http://www.youtube.com/watch?v=0xvxljuUj2g) ... simplesmente divinais (entre outras).
Primeiro o ar demoníaco de Anton Chigurh (Javier Barden), depois novamente Barden na cena que melhor define a sua personagem, a de um assassino demente. A última cena que me refiro é uma autêntica trama psicológica, de ver até onde cada um dos personagens cede ao outro.

Deu gosto imaginar estas cenas depois, na minha introspecção "à posteriori".

O Javier Barden, está mesmo divinal com o ar de psicopata-demoníaco-alucinado e um cabelinho à tijela para jogar com a voz pesada e latina de escárnio.

E também, um Tommy Lee Jones que está lá naquele filme para mostrar que este mundo já não é para homens ... de outras eras. Para ele, todo aquele genocídio já não faz parte da sua "jurisdição mental".

De facto, um excelente filme, cheio de cenas intencionais e excelentemente dirigidas.

Citações:
[first lines]
Ed Tom Bell: I was sheriff of this county when I was twenty-five years old. Hard to believe. My grandfather was a lawman; father too. Me and him was sheriff's at the same time; him up in Plano and me out here. I think he's pretty proud of that. I know I was. Some of the old time sheriffs never even wore a gun. A lotta folks find that hard to believe. Jim Scarborough'd never carry one; that's the younger Jim. Gaston Borkins wouldn't wear one up in Camanche County. I always liked to hear about the oldtimers. Never missed a chance to do so. You can't help but compare yourself gainst the oldtimers. Can't help but wonder how theyd've operated these times. There was this boy I sent to the 'lectric chair at Huntsville here a while back. My arrest and my testimony. He killt a fourteen-year-old girl. Papers said it was a crime of passion but he told me there wasn't any passion to it. Told me that he'd been planning to kill somebody for about as long as he could remember. Said that if they turned him out he'd do it again. Said he knew he was going to hell. "Be there in about fifteen minutes". I don't know what to make of that. I surely don't. The crime you see now, it's hard to even take its measure. It's not that I'm afraid of it. I always knew you had to be willing to die to even do this job. But, I don't want to push my chips forward and go out and meet something I don't understand. A man would have to put his soul at hazard. He'd have to say, "O.K., I'll be part of this world."

quarta-feira, 5 de março de 2008

Haverá Sangue

A rever, ... ah pois
E então porquê?

Dificilmente vejo filmes repetidos, mesmo pela televisão é normal não ver os filmes repetidos. There will be blood, considerei um filme interessante pelas apresentações que vi e pelas criticas que li.
Já não foi a primeira vez que me aconteceu, embora também nunca tenha acontecido mais que 1. Portanto esta é a segunda. A história resume um pouco a história dos colonizadores na América, na prospecção de ouro e petróleo e a forma como a ganância e a ...

ZZZZzzz
....zzzzzzzz


E depois no final, que ganda cena ... Muito fixe mesmo a cena final (e não sonhei!!!!, já estava bem acordado)

Citações:
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

No Vale de Elah

Não fiquei deslumbrado com este filme, e tenho poucas palavras (ou quase nenhumas) para escrever. Talvez consiga dizer alguma palavra sobre a Charlize. A rapariga mesmo sem maquiagem é linda, e mainada.

Citações:
Det. Emily Sanders: And so David went down into the valley to challenge Goliath...
David Sanders: D'you think he was scared Mom?
Det. Emily Sanders: Yes. I think he was scared.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Óscars 2008

Melhor filme: Este País Não é Para Velhos/ No Country for Old Men (tenho de ver)
Melhor realizador: Irmãos Coen (tenho de ver)
Melhor actor: Daniel Day-Lewis (Haverá Sangue/There Will be Blood) (tenho de ver)
Melhor actriz: Marion Cotillard (La Vie en Rose) (tenho de ver)
Melhor actor secundário: Javier Bardem (Este País Não é Para Velhos/ No Country for Old Men) (tenho de ver)
Melhor actriz secundária: Tilda Swinton (Michael Clayton) (tenho de ver)
Melhor filme de animação: Ratatui (Ratatouille) (vi e parece-me bem)
Melhor Argumento Adaptado: Este País Não é Para Velhos/ No Country for Old Men (Joel e Ethan Coen) (tenho de ver)
Melhor Argumento Original: Juno (Diablo Cody) (tenho de ver)
Melhor banda sonora: Expiação (Atonement) (vi e parece-me bem, mas preferia o Into the Wild)
Melhor canção original: "Falling Slowly" - Once
Direcção Artística: Sweeney Todd (vi e parece-me bem)
Fotografia: Haverá Sangue (There will be blood) (tenho de ver)
Guarda-Roupa: Elizabeth: A Idade de Ouro (Elizabeth: The Golden Age) (vi e parece-me bem)
Melhor Documentário: Taxi to the Dark Side (tenho de ver, eventualmente)
Curta-metragem documental: Freeheld (tenho de ver, eventualmente)
Montagem: Ultimato (The Bourne Ultimatum) (vi e parece-me bem)
Melhor filme de língua estrangeira: Os Falsificadores (The Counterfeiters) (tenho de ver)
Caracterização: La Vie en Rose (tenho de ver)
Curta-metragem de animação: Peter and the Wolf (vi e parece-me bem)
Curta-metragem: Le Mozart des Pickpockets (tenho de ver, eventualmente)
Som: Ultimato (The Bourne Ultimatum) (vi e parece-me bem)
Efeitos sonoros: Ultimato (The Bourne Ultimatum) (vi e parece-me bem)
Efeitos especiais: A Bússola Dourada (The Golden Compass) (vi e parece-me bem)
Óscar honorário: Robert Boyle

domingo, 24 de fevereiro de 2008

P.S., I Love You

Pareceu-me uma história ligeiramente dura ... ou foi só impressão.

Citações:
Daniel Connelly: What do women want?
Holly Kennedy: [whispering] We have no idea what we want.
Daniel Connelly: I knew it!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Enfim juntos ...

Uma história simples, de vidas simples ... e plenamente identificáveis com vidas reais.
Descobrir que pequenos passos, como um convite para jantar, ou um presente deixado à porta do quarto, podem ser sinónimos de mudanças radicais na nossa vida, e sem saber estamos a criar as nossas relações de amizade, de afecto, de amor, de simpatia ... em tudo o que a vida nos retribui.
Um filme que nos traduz, como disse acima, histórias da vida real, que a meu ver tem um final de sonho, de conto de fadas, e que foge à simpatia que foi ver 95% do filme ignorando um final feliz.

Gostei imenso de sair da sala do Nimas bastante descontraído depois deste filme, convencido que haverão momentos únicos em que 'cliques' mudarão, ou darão empurrões significativos aos rumos que seguimos ...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

John Rambo

Um dia para ver filmes pouco entusiasmantes.
De desesperante a divertido!!
Depende do ponto de vista ... um mau filme, primeiro. Mas como destes maus filmes, encontro divertimento quanto baste, então não foi tempo perdido.
Primeiro, sempre pensei que à medida que fossemos ficando mais velhos, o nosso corpo iria ficando mais fraquinho e menos volumoso ... mas isso não acontece com John Rambo.
Depois, adorei aquelas explosões que pulverizam os corpos, ou aqueles tiros que com um projéctil apenas os corpos se dividem em dois.

Citações
John J. Rambo: Live for nothing... Or die for something... Your call.

Vista Pela Última Vez...

Um dia para ver filmes pouco entusiasmantes.
Um argumento que desgasta, e o que é passa a não ser, e deixa depois de ser, até que podia ser qualquer coisa. Mas era um rapto inconsequente de uma menina de 4 anos.


Citações
Patrick Kenzie: I always believed it was the things you don't choose that makes you who you are. Your city, your neighborhood, your family. People here take pride in these things, like it was something they'd accomplished. The bodies around their souls, the cities wrapped around those. I lived on this block my whole life; most of these people have. When your job is to find people who are missing, it helps to know where they started. I find the people who started in the cracks and then fell through. This city can be hard. When I was young, I asked my priest how you could get to heaven and still protect yourself from all the evil in the world. He told me what God said to His children. "You are sheep among wolves. Be wise as serpents, yet innocent as doves."

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street

Horrivelmente delicioso, entre fabulosos e macabros cenários numa Londres fantasticamente medonha.


Que dizer de uma Helena Bonham Carter que continua a parecer ainda a noiva cadáver ou de um Alan Rickman que tem chama para ser o mau da fita em personagens rudes e brutais, desde os tempos de xerife de Nothingham. A ideia de que todos os actores são perfeitos para os papeis que desempenham, tem mais força com a interpretação e figura de Timothy Spall na pele de Beadle Bamford. Autenticamente saído de um conto de Charles Dickens.
Novamente Johnny Depp, com uma fulgurante recriação de uma nova personagem, de entre todas as que já personificou.
Tim Burton tem de facto a capacidade de fazer-nos disfrutar cinema.

Depois, não me façam comer empadas de carne nos próximos tempos.


Sweeney Todd: Alright! You, sir?/How about a shave?/Come and visit/Your good friend Sweeney!/You sir! Too, sir/Welcome to the grave./I will have vengenance./I will have salvation... /Who, sir? You sir!/No one's in the chair come on, come on/Sweeney's waiting/I want you bleeders./ You sir? Anybody?/Gentlemen, now don't be shy/Not one man/No, nor ten men/Nor a hundred can assuage me.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Asterix nos Jogos Olímpicos

Fã incondicional de banda desenhada, e fã destes personagens da pequena aldeia gaulesa, que resistem contra a ocupação romana. Faz bem, perdermo-nos em ambientes destes de vez em quando. Entrar numa sala de cinema e ver um nosso imaginário infantil / juvenil / adulto retratado numa tela, e ocuparmos a cabeça durante 2h de cinema com coisas risíveis, vale bem a pena.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

The Darjeeling Limited

Um filme já esperado desde a umas semanas.
Bastante interessante deste o tema abordado, como o diferente cenário utilizado para tal.
O cenário para mim é algo de fascinante, pois trata-se de uma das minhas metas para realizar. Um viagem de combóio pela India. Acho que só faltou chegar mesmo o cheiro daquelas terras à tela do cinema (bem, mas só de alguns cheiros estou a falar, certo!!!).
O tema, também é algo que nos dias de hoje se vê e creio que nunca vai deixar de existir e será sempre um enigma da nossa existência. A amizade, cumplicidade, confiança, entre irmãos. A questão de entre irmãos, que se não houvesse consanguínidade entre essas pessoas, e se por acaso não fossem "obrigadas a viver dentro da mesma saia", elas realmente iriam ter a mesma amizade se encontrassem noutras circunstâncias e com outros intervalos temporais?

Um filme giro de se ver, e de podermos disfrutar de alguns momentos hilariantes. Penso que Jason Schwartzman está excelente na pele de um dos irmãos, com um ar de despreocupado e meio alucinado (pormenor de passar o filme todo descalço). O Owen Wilson, é uma autêntica Mãe porque confunde-se por estar na pele de irmão mais velho. Quanto a Adrien Brody, personifica o irmão que é o mais distante dos outros.

Mais uma. Aquela viagem de táxi ao ínicio do filme, é algo que é mesmo assim. Sem tirar, nem pôr, uma experiência alucinante viajarmos de táxi em qualquer parte da India (por experiência própria).

A ver nem que seja pela, Natalie Portman (bendita curta-metragem inicial), Viagem de combóio.

Citações:
Francis: [Francis and Peter are beating each other up] You don't love me!
Peter: Yes I do!
Jack: I love you too, but I'm gonna mace you in the face!

Jack: What did he say?
Peter: He said the train is lost.
Jack: How can a train be lost? It's on rails.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O Lado Selvagem

Por um lado, uma banda sonora extraordinária, e não tenho muitas mais palavras para esta banda sonora.
Do outro lado, um filme também extraordinário. (happiness)

Uma história que conta muito mais do que um simples viajante solitário e sonhador. Uma (loneliness)história que confunde-se com outras que já vivi pessoalmente. Sempre na procura da felicidade permanente.
No meio de um filme bem construído, uma história contada de forma marcante. É a história de um sonho, que define (discover)a alma de um viajante, sempre à procura do seu limite, daquilo que nos faz viver e procurar experiências diferentes. É a nossa fuga ao desespero da "ordem" que define a nossa vida, no nosso local de trabalho, na nossa vivência entre familia, nas regras que nos (dreaming)impõem, na procura de nada. Mas qual a catapulta que me faz pegar na mochila, partir em frente, sem destino, e sozinho?
Várias são as citações que o caderno do Alexander Supertramp vai registando ao longo da jornada, e que no final do filme me deixam a reflectir sobre elas. Uma das últimas, resume o que a experiência de uma viagem destas, a solo, (Humility) me devolve numa vivência em comunhão com o que o mundo tem para oferecer.
Depois, (courage) a coragem de prescindir de uma vida regrada, de prescindir de uma vida definida, é aquilo que não tive até hoje, e seria o ponto mais alto ao procurar a felicidade que escapa como grãos de areia entre os dedos.
Custa estar só, mas para nos descobrirmos precisamos de nos encontrarmos sozinhos.
E porque vivi, experienciei, e perdi-me para me descobrir, e assim como Supertramp, (life)senti que a Felicidade(wilderness) só é real quando se é partilhada.
E no final, assim como se agradece pela vida feliz que possa ter tido, quero também um dia agradecer e dizer que "Superei todas as missões (silence)impossíveis que se proporcionaram, e por isso me sinto feliz com a vida que Me deste."
Embora a coragem de Cristopher McCandless seja inegável, penso a estupidez da sua morte é brutal. Hoje em dia, todas as mortes por fome são as mais estúpidas que possam haver, qualquer que sejam as justificações.

Citações:
Christopher McCandless: [written into book] Happiness is only real when shared.

Christopher McCandless: If we admit that human life can be ruled by reason, then all possibility of life is destroyed.

Ron Franz: When you forgive, you love. And when you love, God's light shines upon you.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O Comboio das 3 e 10

Antes de mais, é um "Western".
Sou eu que adoro estes filmes, de índios e cowboys, dos bons e dos maus, de grandes tiroteios e muita poeira no ar. Lembro-me quando tinha oportunidade de ver as matinés na TV, como ansiava para que aparecessem filmes de cowboys para ver. Foi com esta expectativa que apareci para ver "O Combóio das 3 e 10".
É um filme de cowboys que vai até ao último momento, e acaba quando tem de acabar. Pois toda a acção do filme vai acontecendo, e no final, quando objectivo é alcançado a história termina, independentemente se acaba mal ou bem. Acaba como tem de acabar, com os heróis como vencedores, e os bandidos como os perdedores, ou não fosse um Western.

Não sendo equiparável a um John Ford, este "O combóio das 3 e 10" tem tudo o que compõe um típico filme de cowboys. Uma guerra por causa dos caminhos de ferro, os bons e os maus, as perseguições a cavalo e os tiroteios no meio da cidade entre as casas de madeira, os saloons e a noites de relento. Falta um pouco daqueles grandes planos que mostravam as pradarias nos desertos americanos e que davam "Aquela" dimensão a estes filmes.

Gostei imenso também da actuação do Christian Bale. Acho cada vez mais um dos actores mais versáteis que existem por aí (ali em Hollywood).

Um filme para quem gosta do género, para ver.

Citações:
Dan Evans: And you just remember that your old man walked Ben Wade to that station when nobody else would.
Ben Wade: They're going to kill me in the morning... I'll never see the sun.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Expiação

Vou-vos contar uma história.(...). E assim foi contada uma história, de um amor que durou 3 longos minutos numa biblioteca, mas que irá ser lembrado para sempre na forma de uma história contada por quem impediu que esses 3 minutos fossem prolongados eternamente. É mais ou menos isto o que conta o filme. O resto
e pura magia, de saber-se colocar os pontos nos iis e saber pintar um final feliz quando não é de facto um final feliz.
Decididamente, e eventualmente um grande vencedor, mesmo antes de o ser.
As interpretações da pequena Bryoni, e de um James McAvoy a querer definir-se como um actor em crescimento, são bons destaques. A Keira, consegue despegar-se da áureola de menina que ostentava nos seus filmes anteriores, e está a seguir as suas próprias pisadas.
A música, é de facto extraordinária e compõe em comunhão com aquele cenário "very british", alguns dos momentos mais desconcertantes do filme. Aquele martelar da máquina de escrever, ao inicio a acompanhar o ritmo e intensidade da acção, leva-nos a entrar dentro do filme.

Citações:
Cecilia Tallis: Robbie...
Robbie Turner: Cecilia...
Cecilia Tallis: I love you...
Robbie Turner: I love you.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

in Jogos de Poder

Um rapaz recebe um cavalo no seu 14º aniversário.
Todos na aldeia exclamam: "Oh, que maravilhoso". Mas o mestre Zen, também habitante da povoação, diz: "Veremos..." Certo dia, o rapaz cai do cavalo e parte um pé. Todos na aldeia exclamam: "Oh, que horrível". Mas o mestre Zen diz: "Veremos..." A aldeia entra em guerra e todos os jovens homens têm de ir para a frente de batalha. Mas o rapaz, incapacitado, fica na retaguarda. Todos exclamam: "Oh, que maravilhoso".
Mas o mestre Zen diz: "Veremos..."


domingo, 20 de janeiro de 2008

O Sonho de Cassandra

Em sequência de MatchPoint e Scoop, surge-nos agora O Sonho de Cassandra, continuando a saga de Woddy Allen na realização de filmes em Londres com o tema de homicidios por base. Uma fórmula que resultou muito bem com MatchPoint, mas que neste filme dá a sensação de que já vimos do mesmo. Woddy Allen, mostra-nos que um perfeito crime é impossível de fugir a qualquer punição, e que a sorte de alguém é o desespero de outro.
Nos diálogos mantêm uma mesma característica, numa forma low-profile, definindo uma certa "inconsequência lógica" e de algum modo disconexos, mas revelando sempre mais alguma coisa.
Nesta mesma fórmula, surge-nos também uma mulher atraente, que na primeira cena que aparece está vestida com um vestido branco bastante sexy, tal como Nola Rice, na primeira cena que aparece em MatchPoint.

Colin Farrel, acrescenta uma forte representação da sua personagem, conseguindo ao longo do filme um crescimento na intensidade dramática que dá a Terry, um tipo que vive à custa de jogo e apostas, até que se dá mal. Está mesmo muito bem, ao nível se calhar da Cabine Telefónica, onde também esteve muito bem.

Gostei também da banda sonora a acompanhar todo o filme, mantendo sempre alerta o espectador para algo que pudesse acontecer, muito próxima do que se fazia antigamente em filmes de suspense (relembrando eu aqui alguns hitchcocks)

Citações:
Terry: And if God exists?

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O Assassínio de Jesse James pelo Cobarde Robert Ford

O gosto que tenho pelo cinema é a capacidade que existe de saber-se contar uma história.
Ora, aqui neste filme, está uma história bem contada e que dá gosto em pedir mais (e o filme tem "só" 2h40min, quando ele foi filmado para 4 horas).
Com produção de Brad Pitt e realização de Andrew Dominik, contam-nos uma história de um assassino lendário, que reza a história matou 17 pessoas em assaltos a combóios, e de como viveu os seus ultimos meses de vida.
A forma como Jesse James prepara e encoraja o seu assassino, para o seu próprio homícidio, é a base desta história. De como usou e manipulou, quem o considerava um ídolo e que queria ser como ele, até ao momento de lhe "dar" as costas para que Robert Ford o alvejasse.
Foi quase como o transformar-se de um verdadeiro assassino, numa vitima, que por sua vez se torna uma lenda dos Estados Unidos. Jesse James, passa assim a ser a lenda, ao contrário de Robert Ford, que supostamente sendo ele o assassino do bandido mais procurado na altura, deveria granjear a fama do mais corajoso americano. Mas o "tiro", neste caso, saiu-lhe ao contrário, porque quem ficou para a história foi o bandido, e o justiceiro ficou marcado como um cobarde que alvejou pelas costas.

Não só tem uma história bem contada, como tem umaa fotografia que é excelente, e também a presença e a interpretação de Casey Affleck na personagem de Robert Ford está divinal. Atrevo-me a considerar Casey Affleck, pelo menos, para os nomeados aos óscares de melhor actor secundário.
Quanto ao Pitt, aquela figura de tipo "todo bom" para as gajas, já não figura neste écran, mas também com a Angelina, não precisa ele mais dessas poses, e finalmente pode-se constatar melhor o desempenho dele enquanto actor.

Citações:
Jesse James: Do you want to be like me? Or do you want to be me?

Robert Ford: Each man kills the things he loves.

Robert Ford: It is interesting the many ways you and I overlap; you're the youngest of three James boys, I'm the youngest of five Ford boys. You have blue eyes, I have blue eyes. You're five feet eight inches tall, I'm five feet eight inches tall.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Jogos de Poder

Um filme politico que não dá para fugir ao tema de maneira alguma. É uma história que centra as atenções na campanha do Estados Unidos, no inicio dos anos 80, em financiar os mujaheedins no Afeganistão para lutarem contra os invasores soviéticos. Com algum sarcasmo e cinismo à mistura, Mike Nichols, o mesmo realizador do excelente "Closer" retrata-nos como é os congressitas norte-americanos influenciam e jogam com o poder que têm em mão para politicamente atingirem os seus objectivos.
Leva-me a pensar, mas que raio estão os politicos a fazer? É para isso que são eleitos pelo povo? É por estas e por outras que de politica percebo menos e menos quero perceber.

Três excelentes actores (Hanks, Roberts e Hoffman), uma história verídica fazem deste, um filme para se ver.

A meio do filme, mostram imagens antigas de aviões caça a serem atingidos e destruídos por misseis stinger. No meio dos aviões apercebo-me de um F-16 a ser destruído pelos misseis disparados pelos afegãos. Achei estranho, porque os soviéticos não voam com aviões norte-americanos. Agora ao consultar o imdb, na secção de coisas estranhas, fazem referência a isso mesmo.

Citações:
Gust Avrakotos: I bugged the scotch bottle.

Charlie's Angel #4: The Congressman has never been to rehab. They don't serve whisky at rehab.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Alien Vs Predator II

Depois de "Peões em Jogo" foi mesmo para descontrair.
Era mais giro quando havia só um Alien, e esse alien era esperto. Agora há mais Aliens e são todos burros.
Era também mais giro, quando não sabiamos que raio era a espécie do Predador, e ver o Schwarzenegger (acertei na escrita do nome dele??) às aranhas com ele.

Agora há cenas em que quase não percebo quem é que está a dar tareia a quem, ... enfim.

Citações:
Dallas: People are dying... we need guns!

Peões em Jogo

Falar deste filme, não se deve resumir só a falar de estratégias politicas ou estratégias de guerra. Penso que é muito mais do que isto.
É um filme que fala de pessoas e de histórias de pessoas, de ideiais e crenças, de coragem e tomadas de decisão. Os intensos diálogos, que se prolongam durante quase todo o filme, entre Robert Redford e o seu aluno, e entre Cruise e Meryl Streep, a forma como são desenvolvidos e como são conduzidos quer por Cruise, quer por Redford, tendem a confrontar-nos (neste caso, nós "público" na pele do estudante ou na de Meryl Streep) perante todas as decisões que somos obrigados a tomar, e termos consciência dessas mesmas decisões.

É o que falta a este mundo de hoje, a capacidade de se tomar as decisões mais correctas e a sabedoria para justificarmos essas decisões.

Além desta mensagem, gostei da forma como o filme está construído. Desenvolvido com base em 3 histórias. Para além dos dois diálogos já mencionados acima, existe uma outra parte da história que sendo comum às duas cenas anteriores, faz parte da acção que é necessário ter nos dias de hoje, e que se passa nas montanhas do Afeganistão durante a guerra do Iraque.

Não podemos só falar, temos de agir e saber agir com coragem consoante as nossas crenças e sentimentos.


Citações:
Todd Hayes: Who never says anything even though he never stops talking.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Call Girl

Fui ver. Achei que seria uma boa propaganda do cinema tuga, não só pela Soraia (obviamente ;;)), mas também por alguma expectativa sobre a trama envolvente.
Saí de lá a considerar o tempo mais ou menos bem gasto. O problema foi ter mesmo ficado mais de 2 horas a olhar para uma história, que embora achei que estivesse bem elaborada, mas que não havia desenvolvimentos nenhuns. Parecia que andavamos sempre no mesmo, ali às voltas algures entre o Alentejo e Lisboa.
Penso que a falta de adrenalina foi evidente e a passividade com que as acções aconteciam tornou o que até poderia ser um bom filme, num filme banal. Será que queriam fazer o filme à imagem do alentejo?? é a pergunta que agora me ocorre (sem depreciativismos) ....

Não queria um filme à Hollywood, com grandes perseguições ou cenas policiais todas elaboradas, porque reconheço que a falta de euros poderia ser entrave a grandes encenações, mas que seria interessante criar algum suspense ao "thriller" existente.

Alguns pormenores que ficaram. A referência a "Cães Danados" de Tarantino, quer no poster quase sempre presente no escritório do Vasco (Ivo Canelas), ou pela maneira de vestir também do Vasco, igual aos personagens do mesmo filme, fato preto, camisa branca, gravata fina e preta, e óculos de sol pretos.
Também o António Pedro Vasconcelos (o realizador) a fazer-se mostrar no final do filme, à lá Hitchcock.


Citações:
"Filho da puta."
"Meu cabrão"
"Vai-te foder"