domingo, 16 de agosto de 2009

Inimigos Públicos

De Michael Mann, a história de Jonh Dillinger, um inteligente criminoso dos anos 30. Bom filme para se ver, sem ser um grande filme.

sábado, 15 de agosto de 2009

Duplo Amor

Um filme que gostei. Com um triângulo amoroso que reflecte o que queremos e o que podemos ter.

Citações:

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Proposta

Uma comédia romântica para desanuviar, pensei eu.
Bom. Não é normal rir-me descaradamente no cinema. Mesmo muito fora do normal. Desta vez vi-me a rir descaradamente no cinema. E não era só eu.

É uma comédia romântica como todas as outras que já vimos à tantos anos. Mais uma para o serão de domingo à tarde no canal 1 da rtp.

Divirtam-se.

Citações:
Andrew Paxton: [referring to the story about how he proposed to Margaret] You know what? Actually, Margaret loves telling this story, so I'm just gonna let her go ahead and do that. We should just sit and rapture.
Margaret Tate: Wow, okay... wow, where to begin... the story... Well, um, wow... Okay, well, um, Andrew and I... Andrew and I were about to celebrate our first anniversary together and I knew that he'd been itching to ask me to marry him and he was scared, like a little tiny bird. So, I started leaving him little hints here and there because I knew he wouldn't have the guts to ask...
Andrew Paxton: That's not exactly how it happened.
Margaret Tate: No?
Andrew Paxton: No, no, I mean I picked up on all of her little hints... this woman is about as subtle as a gun. Yeah, no what I was worried about was that she might find this little box...
Margaret Tate: Oh, the decoupage box that he made, where he'd taken the time to cut out twenty little pictures of himself, just pasted all over the box. So beautiful! I opened that beautiful little decoupage and out fluttered these tiny little hand cut heart confettis and once they cleared, I looked down and I saw the most beautiful, big...
Andrew Paxton: ...fat nothing! No ring.
Grandma Annie: No ring?
Grace Paxton: What?
Andrew Paxton: No, but inside that box, underneath all that crap, a handwritten note with the address to a hotel, date and time. Real Humphrey Bogart type stuff. Masculine. Naturally, Margaret, she thought...
Margaret Tate: I thought he was seeing someone else... so it was a terrible time for me, but I went to that hotel anyway, I went there and I pounded on the door. But the door was already unlocked. As I swung open that door, there he was...
Andrew Paxton: Standing.
Margaret Tate: Kneeling.
Andrew Paxton: Like a man.
Margaret Tate: On a bed of rosebuds, in a tuxedo. Your son. Your son... and he was choking back soft, soft sobs. And when he held back the tears and finally caught his breath, he said to me...
Andrew Paxton: 'Margaret, will you marry me?' and she said 'yep', the end!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Harry Potter e o Príncipe Misterioso

Não foi uma desilusão, porque nunca segui esta saga de uma forma entusiasmante. Mas penso que história peca por deixar muitas pontas no ar, talvez a promover o próximo Harry Potter que desconheço a história. A nível de acção, foi também pouco interessante.
Gostei de ver os miúdos já crescidos, especialmente a Emma Watson.


Citações:
Harry Potter: Did you know, sir? Then?
Albus Dumbledore: Did I know that I just met the most dangerous dark wizard of all time? No.

domingo, 26 de julho de 2009

Elegia

A definição de amar, por vezes díficil de exprimir. A razão de amar, é inexplicável sem nenhuma lógica pré-estabelecida.
Contudo amar não significa morrer, podendo ser só uma demonstração de se aprender a amar.
Elegia, sem ser um filme extraordinário, transmite algo que nao sei como descrever. Eventualmente um Elogio ao Amor. A forma como nos entregamos a algo que não tem definição, ou que é inexplicável e que não tem uma lógica explícita.
Amar, deverá ser explorar os sentimentos ao máximo.
Onde conseguirmos idolatrar um corpo, ou mesmo uma parte do corpo, quer seja no olhar, no toque, no sorriso, pintando um Amar Erótico pincelado na beleza imensurável de um quadro a óleo.
Ou encontrar uma forma de partilha, sem receios e preconceitos, onde as nossas emoções serão abençoadas por um porto seguro, como num barco que chega ao seu destino com a tripulação bem entregue. Fazendo-nos viver para isto, com sentido e objectivo de partilhar e de dar.
O sentimento de angústia. O pior. Onde o peito se desfaz. Implode, e não o suportamos. Fazemos tudo por querer estar perto, mesmo longe. Define um pouco o amar que vivemos.
Como provar então? o simples afastamento, para dar valor ao que nos faz falta. É dificil, e necessário, mas importante. Importante como ficar perto, para amar.
Um amar que se quer sempre intemporal, que não se perde no tempo.
Um amar que se aproveita o último momento como se fosse o único. Adjectivar esta unicidade é tanto impossível quanto maior fôr a capacidade de nos envolvermos integralmente. São momentos únicos irrepetíveis onde o desejo se sobrepõe à verdade.

Continua-se sem saber o que é amar, mas de certeza que alguma explicação houvesse, ela seria ilógica como amarmos quem nos aparece à frente, porque ...

A interpretação quer de Ben Kingsley (sempre um senhor), quer da Penelope Cruz, sempre fascinantes. O primeiro de um homem de meia idade, a outra de uma jovem sensual, requerem uma atenção especial.
A banda sonora, também é de registar.

Citações:
George O'Hearn: Beautiful women are invisible.
David Kepesh: Invisible? What the hell does that mean? Invisible? They jump out at you. A beautiful woman, she stands out. She stands apart. You can't miss her.
George O'Hearn: But we never actually see the person. We see the beautiful shell. We're blocked by the beauty barrier. Yeah, we're so dazzled by the outside that we never make it inside.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Ligações Perigosas

Mais um filme que já vi à séculos. Nem sei bem quando é que fui ao cinema a ultima vez.

Mas sei que gostei. Não muito, mas gostei. Um thriller policial à volta de uns crimes que envolvem as altas instâncias de Washington, resolvido por jornalistas. Um filme para criar ou manter os sonhos dos nossos jovens e futuros jornalistas.

Citações:
(Não me lembro de alguma que possa ser relevante)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Amazing Grace

Já foi a algum tempo que não sei o que dizer, mas está mais fresco que o anterior.

Um filme de época. Excelente a reconstruição da Inglaterra do século XVIII. Em forma de retrato, viajamos até percebermos como aquela sociedade vivia e como sobrevivia.

Conta-nos a história de um deputado inglês que lutou contra a abolição da escravatura durante a sua vida, pondo de lado inclusivé a sua saúde própria.

Não gostei de ver como a camera, constantemente invadia personagem do William Wilberforce, mantendo-o constantemente a sua figura no plano de écran.

Citações:
William Wilberforce: Remember that God made men equal.

Traidor

Bom já foi à tanto tempo que já nem sei o que dizer.

Com Don Cheadle e Guy Pearce, uma certeza que será um bom filme. Depois, lembro-me que havia uma intriga interessante à volta do terrorrismo, à semelhança do 'Syriana', mas menos politico. Finalmente, a banda sonora pareceu-me gira.

Citações:
Samir Horn: The truth is complicated.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Anjos e Demónios

Li os Anjos e Demónios e em seguida o Código DaVinci. Acabei por gostar mais do primeiro. Com expectativa queria ver o filme e de certa maneira concretizar as imagens que tinha na minha imaginação. Embora já tenha lido o livro a algum tempo, creio que o filme está muito fiel ao livro ... mas não tenciono voltar a ler tão brevemente.
Adoro saber, os "porquês", perceber quem são os Illuminatti, ou as teorias que eles defendiam e como defendiam. A forma como aparecem na história mundial e as coisas que fazem são absolutamente fantásticas. Entre a criação e manifestações sob a forma de elementos artísticos, fazendo com que o significado deles seja mais do que a simples beleza inerente, e a simbologia da razão dos mesmo existirem é fantástica.
De facto, viveram-se eras de grandes Homens que deixaram, com a sua inteligência e arte, todo o seu legado.

Um dia quem sabe havemos de saber toda a história das pinturas da capela sistina. (;-))

Citações:
Cardinal Strauss: Religion is flawed because man is flawed.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

No limite do amor

Já foi a algum tempo que vi este filme. Lembro-me de ter sido um filme diferente do que espelha o titulo.
Um filme que gira à volta de 3 vidas, 3 amores na altura da grande guerra numa Londres boémia e despreconceituosa. O encontro de amores passados que se confundem com os amores presentes, unidos por uma amizade entre todos. E depois como uma traição pode destruir o que de valor se vai construindo ao longo do tempo, apesar desta "contrução" ser baseada numa intimidade quase promíscua, e sermos obrigados a seguir por outros caminhos.

Um filme que tem uma fotografia linda (à Keira especialmente, com uma fotogenia cinco estrelas), e com cenários da costa inglesa (neste caso galesa) deslumbrantes para quem gosta dos ares invernosos britânicos.

A Sienna Miller cativa-me cada vez mais como actriz. Espero um dia vê-la num papel mais exigente e talvez num outro que permita disfrutar da sua beleza.

Citações:
Caitlin MacNamara: Touch her and I'll kill you.
Dylan Thomas: Caitlin's territory, is it?
Caitlin MacNamara: Caitlin's friend.

domingo, 17 de maio de 2009

Almoço de 15 de Agosto

Um filme sobre "nada".
E se o "nada" for ter que ficar num feriado a fazer o almoço para 4 velhotas e elas no final sentirem-se felizes, então este é um "nada" de muito valor.

Sabe a Itália. Sem a visitar-mos e mesmo entre os planos fechados da casa de Roma, faz-nos viajar até chegar lá.

Nota para a tradução:
- Como é possível uma tradução, traduzir "D'Artagnan" para "Dartacão"??!!!? ... que parolice!!

domingo, 10 de maio de 2009

Wolverine

Pouco há a dizer, penso, quando uma das nossas melhores aventuras de BD são passadas para o écran de cinema. É como que vermos os nossos heróis de carne e osso, em vez de os imaginarmos nas suas lutas.
Impossível fazer uma apreciação cinematográfica para escolher o que de melhor ou pior este filme nos mostra. Basicamente é deixar-nos ir pela história (que está real ao que foi escrita anteriormente) e gostar daqueles super-heróis.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sinais do Futuro

Fui ver este filme por curiosidade e ter ficado atento à apresentação no que se referia à procura de um mistério por causa de um mapa de números.

À medida que o filme ia decorrendo percebi que não era aquilo que estava disposto a ver. Um filme autêntico de série B, que misturava ideias de terror psicológico com fenómenos sobrenaturais e coisas impensáveis ou pouco plausíveis. Não gosto de pensar em ideias sem sentido. No final, catastrófico, cheguei à conclusão que aquilo foi um orgásmico cósmico tido pelo argumentista e realizador.

Do que sobrou, relativamente a questões que pudessemos definir para reflexão, foi a ideia de os fenómenos que ocorrem, serão aleatórios forçando-nos a reagir perante tais factos ou estes mesmos fenómenos fazem parte de um conjunto que têm uma ordem pré-definida e que ocorreram sempre, independemente e autonomamente.

Citações:
John Koestler: How am I supposed to stop the end of the world?

domingo, 26 de abril de 2009

The International - A Organização

Uma intriga, e umas quantas conspirações à medida do género de um thriller politico. Desta vez resume-se ao comando que os bancos procuram para obter o controlo dos seus lucros. Em tempos de crise, seremos quase forçados a pensar se de facto esta teoria da conspiração não será de algum modo real.

Um filme com bastante intensidade de acção, onde a cada momento a trama que se desenrola, complica-se ainda mais. Muito boa a sequência do tiroteio no Museu Guggenhein, onde os maus passam para o lado dos bons e aparecem outros maus, etc.

Ficarei atento à sequela ...

Citações:
Jonas Skarssen: What do you want?
Louis Salinger: I want some fucking justice.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Appaloosa

Um Western é um western.
Lembro-me das tardes passadas a ver os westerns que davam na televisão na altura das férias. Eram grandes filmes, com perseguições, tiroteios, os bons e os maus, os cavalos, as cidades de madeira, ... para mim era tudo muito bom, adorava.

De Appaloosa, não lhe falta quase nada. Estão lá os tiroteios e perseguições, a cidade de madeira e a linha de caminho-de-ferro, os bons e os maus, acho que não faltava mesmo nada ... a não ser a paixão do western.
Faltava o sangue na guelra como um fervilhar em pouca água dos cowboys, as perseguições cheias de intensidade com uma velocidade furiosa entre os caminhos rochosos e os pedregulhos dispersos, um tiroteio no meio de lutas e um disparo que nos deixa em suspense se vai acertar ou não.

Sempre ao longo do filme, faltou um pouco desta chama de "cowbóiada" que sempre me fascinou, apesar de estarem lá todos os pontos obrigatórios do Western.

Mas pelo menos fiquei com vontade de voltar a rever alguns Westerns ... tais como os "7 magnificos", ou "Forte Apache", ou "Duelo ao por do sol", ou ... uma data deles.


Citações:
Everett Hitch: Life has a way of making the foreseeable that which never happens... and the unforeseeable that which your life becomes.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Gran Torino

Um filme com nome de carro, mas que não tem muito a ver com o próprio carro.

Gran Torino, conta-nos como um veterano de guerra é "obrigado" a escolher para sua familia os seus vizinhos "hmongs" que dantes foram seus inimigos de guerra, em detrimento dos seus próprios filhos.
Entre nós se calhar, destes próprios exemplos, ter de efectuar esta escolha pode até não ser tão absurda.

Gostei. Um filme que me surpreendeu, com um sentido suave e agradável q.b., muito diferente daquilo que esperava, assente num personagem de natureza crua e dura (capaz de demonstrar ares de cão raivoso) em contraste com um humor muito próprio (os diálogos com o barbeiro, fascinantes). Realmente, penso que aqui se vê quem são de facto os bons actores.

Como realizador, agradeço a forma como logo no inicio, o contexto do filme foi-nos explicado pelos filhos de Walt Kowalski, poupando-nos imenso tempo para o perceber por nós. Muito bom.
No final, adorei a cena "à James Dean" do rapaz a guiar o Gran Torino ao longo da costa e com a música de Jamie Collum em fundo. Genial, a fazer lembrar mesmo os filmes dos anos 70.

(nota de rodapé: incrível, ou não tanto ... depois de tantos filmes em 2009, este foi o primeiro do ano a ir com companhia ... lol thanks ;) )


Citações:
Thao Vang Lor: Excuse me Sir, I need a haircut if you ain't too busy you old Italian son of a bitch prick barber. Boy, does my ass hurt from all of the guys at my construction job.

.....

Barber Martin: There. You finally look like a human being again. You shouldn't wait so long between hair cuts, you cheap son of a bitch.
Walt Kowalski: Yeah. I'm surprised you're still around. I was always hoping you'd die off and they got someone in here that knew what the hell they were doing. Instead, you're just hanging around like the duop dego you are.
Barber Martin: That'll be ten bucks, Walt.
Walt Kowalski: Ten bucks? Jesus Christ, Marty. What are you, half Jew or somethin'? You keep raising the damn prices all the time.
Barber Martin: It's been ten bucks for the last five years, you hard-nosed Polak son of a bitch.
Walt Kowalski: Yeah, well keep the change.
Barber Martin: See you in three weeks, prick.
Walt Kowalski: Not if I see you first, dipshit

quinta-feira, 9 de abril de 2009

CURTAS-METRAGENS ITALIANAS

Festa do Cinema Italiano.
A primeira vez que saí de uma sala de cinema por ter havido uma apresentação horrível dos filmes em exibição. Um som que ninguém soube fazer alguma coisa para melhorá-lo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Che - Guerrilha

Aqui vemos, "Che", como um guerreiro-combatente, obstinado pelas suas convicções de libertação dos povos oprimidos por regimes ditatoriais. Um líder que procura as revoluções e que as promove junto dos seus camaradas de guerrilha.

Um trabalho exemplar de Steven Soderbergh, que filma-nos a biografia de um lider que pouco conhecemos, baseando-se nos diários do próprio Che Guevara.

Fez todo o sentido separar-se em dois filmes, porque sendo a mesma figura principal em torno do filme, é um Che diferente que conhecemos nos dois filmes.
No primeiro é força da paixão pelo povo cubano e pela libertação de um território que é transmitida no filme.
No segundo, encontramos um "Che" mais frio, mais racional em relação aos seus métodos e uma figura idolatrada e conhecida por todos, logo a necessidade de ele ocultar a sua identidade.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Underworld: A revolta

A prequela dos 2 filmes anteriores de Underworld.
Desta vez recuamos ao surgimento de Lucian, um poderoso Lycan que se tornará lider desta espécie. Vamos conhecer a história por detrás da traição de Sonja, filha de Viktor e percebermos o porquê do aparecimento de Selena nos filmes posteriores. É nesta altura que a revolta dos Lycans contra os Vampiros se inicia e a grande guerra entre eles tem a sua explicação.

Por adorar este tipo de histórias e ambientes, e toda a envolvência, nunca poderia falhar este filme. Não gostei dos efeitos da transformação dos Lycans, deviam ser mais autênticos e menos mecanizados. Haveria aqui algum trabalho a nível gráfico para que este filme se tornasse mesmo bom.
Gostaria também de conhecer o inicio, de quando Alexander Corvinius adoeceu com o virus da imortalidade e gerou Markus e William, os primeiros verdadeiros Vampiros e Lycan respectivamente.
Gostaria muito também de ter viste este filme na companhia de quem também adora este mundo, e que teria sido fantástico. Não é possível.

Citações:
Lucian: I've lived by their rules my entire life. I've protected them. envied them. and for what? To be treated like an animal. We are not animals! Is this want you want? We can be slaves, or we can be... LYCANS!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Dupla Sedução

Um filme cheio de intrigas, histórias miranbolantes, em torno da melhor maneira de se ficar mais rico sem trabalhar.
Dois ex-agentes da CIA e MI-6, encontram-se desencontrando-se, criam eles próprios uma farsa que mais tarde os irá atraiçoar. Um jogo perfeito, supostamente perfeito mas que não sabem que há mais outro jogo perfeito do qual fazem parte como jogadores.

Interessante o complicado da história, de facto.

Uma Julia Roberts que está perfeitamente normal a fazer uma representação sem reparos, e um Clive Owen que um dia gostava de o ver a fazer de 007, penso que seria melhor que o 007 actual.

Excelente a cena de abertura do filme, em camera super-lenta, que serve de introdução à rivalidade existente no filme entre Tom Wilkinson e Paul Giammanti, independentemente de não sabermos qual o verdadeiro motivo. Mas está genial, na minha opinião.

Citações:
Claire Stenwick: You on one side, me on the other. It's perfect.
Ray Koval: You know what I think?
Claire Stenwick: I think you like the idea.

Ray Koval: Remember me?

domingo, 29 de março de 2009

Che - O Argentino

Um filme muito bom. Do ponto de vista histórico, interessante conhecer como a revolução cubana se iniciou e com que ideiais ela foi-se mantendo ao longo dos tempos. A realização, foca essencialmente como "Che" a liderou, sempre fiel aos seus principios e ideias quer sejam elas socialistas, comunistas ou outras. A nivel do guerrilheiro e comandante que foi, também mostra o seu lado humano, ao nunca deixar companheiro nenhum para trás, esquecendo por vezes os seus problemas de saúde.

Interessante verificar também a grande semelhança entre Benicio Del Toro e o próprio Che Guevara. Depois de ver o filme, procurei na net algumas imagens e a aparência é igual.
Também, muito bem personificado está Fidel Castro.


Citações:

“(...)
Cuba, señores delegados, libre y soberana, sin cadenas que la aten a nadie, sin inversiones extranjeras en su territorio, sin procónsules que orienten su política, puede hablar con la frente alta en esta Asamblea y demostrar la justeza de la frase con que la bautizaran: «Territorio Libre de América.
(...)
Porque esta gran humanidad ha dicho «¡Basta!» y ha echado a andar. Y su marcha, de gigantes, ya no se detendrá hasta conquistar la verdadera independencia, por la que ya han muerto más de una vez inútilmente. Ahora, en todo caso, los que mueran, morirán como los de Cuba, los de Playa Girón, morirán por su única, verdadera e irrenunciable independencia.

Todo eso, Señores Delegados, esta disposición nueva de un continente, de América, está plasmada y resumida en el grito que, día a día, nuestras masas proclaman como expresión irrefutable de su decisión de lucha, paralizando la mano armada del invasor. Proclama que cuenta con la comprensión y el apoyo de todos los pueblos del mundo y especialmente, del campo socialista, encabezado por la Unión Soviética.

Esa proclama es: Patria o muerte.”

domingo, 22 de março de 2009

Marley e Eu

Sempre aprendemos algo, desde que nos mantenhamos alertas.

Desta vez aprendi que, independentemente de sermos feios ou gordos, ricos, pobres, com muito dinheiro ou pouco dinheiro, vestirmos a roupa mais "fashion" ou usarmos sarapilheira para cobrir o corpo, com mais ou menos brilhantes ou ouro à nossa volta, por muito que cheiremos mal, por mais inteligentes que sejamos, ou pela pouca inteligência que abunde na nossa cabecinha, quer sejamos brancos, pretos, amarelos, pigmeus ou esquimós, crentes em religiões, quaisquer que elas sejam, por mais taras e manias que sejamos viciados, mesmo as incompreendidas ... mas se abrirmos o nosso coração da maneira mais pura, incondicionalmente que seja, essa retribuição será recíproca, e é a maior virtude e alegria que a Vida pode ter ... seja objecto desta retribuição um Marley, um Bugui, um Pluto ... ou qualquer outro.

Citações:
John Grogan: A dog doesn't care if you're rich or poor, educated or illiterate, clever or dull. Give him your heart and he will give you his.

Arnie Klein: Sometimes life has a better idea.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Wrestler

Um filme que fala do passado. Das pessoas que não evoluem com os tempos e deixam-se ficar presos ao passado, e não souberam encontrar novas coisas boas.
É este o principio da decadência, quando envelhecemos e não soubermos ver o que está à nossa volta.
É assim, que não nos permitimos olhar para a frente, e só olhamos para o passado.
Não faz sentido.

Penso que a actuação do Mickey Rourke, não foi assim tão especial, ao ponto de entrar para a corrida aos óscares de melhor actor. Acredito que muito marketing por trás disto tenha resultado num excesso na crítica à sua performance.
Gostei mais de ver a Marisa Tomei num papel secundário, mas de grande qualidade.

Sobre este tipo de filmes, que se leva ao extremo a capacidade de uma pessoa, usando a luta livre, o boxe, ou qualquer outro desporto, a fim de se morrer em actuação, justificando a paixão por qualquer coisa, não há filme melhor que "The Champion" algures de 1980 e qualquer coisa.

Depois, uma coisa que não percebo e nunca deverei perceber. Qual o fascinio por aquela coisa de "luta livre combinada"?


Citações:
Randy 'The Ram' Robinson: And now, I'm an old broken down piece of meat... and I'm alone. And I deserve to be alone. I just don't want you to hate me.

segunda-feira, 16 de março de 2009

A Pantera Cor-de-Rosa 2

Diverti-me.
É claro que o Peter Sellers faz a diferença. Não é este Steve Martin que não tem piada nenhuma que me faz divertir. É o conceito de detective trapalhão. Coisa que só ao alcance dos melhores, ... e melhores ou iguais que Peter Sellers são poucos.

A pantera-cor-de-rosa, tem outro argumento fantástico ... a música, sempre no ouvido a qualquer momento "A música".


Citações:
Kenji: Have we decided on lunch?
Insp. Jacques Clouseau: I'm sure you'll be wanting sushi, my little yellow friend!

domingo, 15 de março de 2009

me@monstra

Sita Sings the Blues.

Um dia hei-de chegar lá.
Por perceber que uma única pessoa é capaz de escrever, realizar, produzir um filme de animação sozinha já me deu alento para continuar a sonhar, ou seja, para continuar a fazer o que sei melhor.
Sonhar que irei escrever, realizar e produzir um filme meu.
Sita Sings the Blues, conta-nos a história de uma relação terminada. E por analogia desenvolve-se outra história com base num amor impossível indiano e todas as suas consequências e tragédias.

Aprende-se que não se deve questionar. Não se questiona amores e nem se questiona a animação (pois é nos permitido usar a imaginação para as ideias mais sem sentido que possam haver).

E como diz a autora-personagem deste filme que para haver um arco-iris é necessário que chova.
Muita molha já apanhei e continuarei até a chuva durar.

terça-feira, 10 de março de 2009

Imagens de Palermo

Um titulo sugestivo e um trailer intenso, deliciaram-me na perspectiva de um bom filme. Não gostei. Um filme surreal, sobre a vida perseguida pela Morte, ou seria a vida a querer escapar à Morte? Algo confuso e ainda com diálogos fracos. Interessante no ponto de vista cultural, sobre a cidade de Palermo e os seus frescos.

Para apreciadores de Wim Wenders, este Imagens de Palermo, poderá ter outra dimensão.

Para apreciadores de fotografia, eu queria mesmo muito ter uma máquina 360º como a que o tipo tinha no filme, e também uma Leika. Um dia, talvez!!

domingo, 8 de março de 2009

Watchmen - Os Guardiões

Às vezes é o reverso de ir ao cinema sem saber nada sobre o filme que vamos ver. Hummm.... afinal era isto, disse muito pouco entusiasmado, quando saí do filme.

A história de haver universos paralelos acho muito bem e interessante (lol, conseguir que o Nixon ficasse 4 mandatos consecutivos na presidência dos USA até ao ano de 1985, é muito bom!).
Depois, nestes super-heróis não percebi bem qual os super-poderes de alguns, logo aí não faz sentido serem mais fantásticos só por usarem capa, fato e máscara. Ainda, mais ... já estavam a entrar na reforma.

Assim, deste modo, prefiro quantas vezes outros universos paralelos, onde para mim os super-heróis são mesmo uns super-heróis. Estou à espera que o Wolverine se despache ...

segunda-feira, 2 de março de 2009

O Leitor

Uma história de segredos, capaz de nos fazer questionar as nossas vergonhas. Uma mulher que é analfabeta e um caso de paixão nunca serão comparáveis a um genocídio mundial, por isso mesmo dificilmente poderemos imaginar o que desta 'vergonha' definiu 2 vidas. Inquietante, saber que não sabemos por ignorância. Perturbante, sabermos coisas demais sem as poder revelar.

De facto um bom filme, com uma excelente interpretação da Kate Winslet.

Citações:
Michael: I'm not frightened. I'm not frightened of anything. The more I suffer, the more I love. Danger will only increase my love, will sharpen it, will give it spice. I will be the only angel you need. You will leave life even more beautiful than you entered it. Heaven will take you back and look at you and say: "Only one thing can make a soul complete and that thing is love."

domingo, 1 de março de 2009

O Visitante

Um filme simples. Duas histórias que contam um bocado de uma 'vida'.

Um professor universitário, vivendo uma vida monótona e sem objectivo. Sem encontrar nenhuma motivação que lhe permita ter uma outra forma de encarar o seu destino. No momento mais inadequado, encontra o "Ritmo" que lhe falta, da maneira menos pausível e através das pessoas que nunca imaginaria um dia conhecer.
O acaso de uma vida, que por vezes falta a muita gente, ou que não sabemos agarrar no momento certo.

Um casal de imigrantes. Vivem a fugir e continuarão a fugir de um país cada vez mais burocrático e paranóico em relação aos muçulmanos.

Um filme que me fez bater o pezinho durante algum tempo, obviamente sem incomodar o resto da plateia.

Citações:
Tarek Khalil: I just want to live my life, and play my music.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Óscars 2009

Melhor Filme: QUEM QUER SER BILIONÁRIO? (concordo)
Melhor Realizador: DANNY BOYLE, QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Melhor Actor: SEAN PENN, MILK(concordo)
Melhor Actriz: KATE WINSLET, O LEITOR(tenho de ver)
Actor secundário: HEATH LEDGER, O CAVALEIRO DAS TREVAS(concordo)
Actriz secundária: PENELOPE CRUZ, VICKY CRISTINA BARCELONA(concordo)
Longa-metragem de animação: WALL-E(tenho de ver ... lastimável)
Argumento original: DUSTIN LANCE BLACK, MILK(preferia in Brugges)
Argumento adaptado: SIMON BEAUFOY, QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Banda Sonora Original: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Canção Original: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Fotografia: ANTHONY DOD MANTLE, QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Efeitos Visuais: O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON(concordo)
Efeitos Sonoros: O CAVALEIRO DAS TREVAS(concordo)
Cenografia: O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON(preferia a Troca)
Figurinos: A DUQUESA(concordo)
Maquilhagem: O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON(preferia a Troca)
Curta-metragem de animação: LA MAISON EN PETITS CUBES(tenho de ver)
Curta-metragem: THE PIG(tenho de ver)
Filme Estrangeiro: DEPARTURE (Japão)(tenho de ver)
Documentário de longa-metragem: HOMEM NO ARAME(tenho de ver)
Documentário de curta-metragem: SMILE PINKY(tenho de ver)
Som: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Montagem: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(preferia o Milk)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Milk

Um filme sobre Harvey Milk, o primeiro homossexual assumido a ocupar um cargo politico nos Estados Unidos.

Gus Van Saint, não fugindo a questões politicas, consegue através de uma realização realista (usando frenquente vezes imagens reais) exprimir o envolvimento activista da classe gay de são francisco.

A interpretação de Sean Penn, está de facto muito boa.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Um dia de cada vez

"És feliz?"
... perguntaram-me um dia.

Tenhos saúde, bons amigos, familia, boas condições de vida ... falta-me alguma coisa?

Acredito, só que a felicidade é real quando partilhada.

Citações:
Zoe: You can't make everyone happy.
Poppy: There's no harm in trying that Zoe, is there?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Quem quer ser Bilionário?

Vou começar pelo fim.
"It is written."
O destino é o que nós construímos ou é o que nos calha? No meio de tanta confusão e rebuliço das nossas vidas, que raio é que é o destino?
Danny Boyle, coloca-nos esta questão no principio do filme. E vai-nos respondendo ao longo da história de uma vida de Jamal Malik.
Por um lado a nossa perseverança nas crenças que assumimos e a coragem nas decisões que somos obrigados a tomar, são factores que nos podem guiar para que consigamos encontrar o nosso destino. Por este prisma somos nós que construímos o caminho em busca desse destino.
Por outro lado, se esse destino não está já escrito, de maneira que hajam provas de que ele está à nossa espera, no sentido de encontrarmos algum sinal que nos faça acreditar então não há como acreditar no caminho mais correcto.

E foi isso que senti. Por muita merda que somos obrigados a nos meter, por mais lutas desiguais que tenhamos de travar, por mais rombos na nossa alma, se nunca chegarmos a ter sinais de que de facto o nosso destino é aquele que acreditamos, dificilmente iremos ter a coragem de voltar a reerguer e voltar a lutar contra todas as vicissitudes.

O retrato de uma India miserável. O postal de uma cidade tal como ela é. A confusão de quem vive integrado numa sociedade completamente "overcrowded" e todas as dificuldades inerentes, que passa pela politica, religião e cultura, que não agradam a ninguém, estão bem expressas neste filme. É dificil, mesmo num 'retrato documental' experienciar um novo país e conhecer as suas características, mas penso que podemos ter alguma noção de como é a India, apesar de eu defender que para conhecermos, temos de lá estar e ver com os nossos próprios olhos, sentir com a nossa pele e cheirar com o nosso olfacto.
Podemos comparar um bocado com o anterior The Darjeeling Limited, onde conseguimos encontrar os cheiros e cores da India, enquanto neste encontramos a sociedade que lá sobrevive.

Quanto ao filme e produção em si, achei que a banda sonora encaixa muito bem em várias cenas, especialmente nas cenas de perseguição e de maior tensão. Penso que brevemente vamos poder ver alguns destes actores de Slumdog fora do ambiente de Bollywood, e aí estou bastante curioso quanto às suas prestações.

Citações:

Jamal Malik: I knew you'd be watching
Latika: I thought we would meet only in death.
Jamal Malik: This is our destiny
Latika: Kiss me

Prem Kumar: So are you ready for the final question for 20 million rupees?
Jamal Malik: No, but maybe its written, no?
Prem Kumar: Maybe...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Revolutionary Road

Foi uma interessante perspectiva de olhar as opções de vida que nos podem calhar.
Podemos defini-los em 3 vertentes.
A primeira que identificamos como a "real", ou seja, aquela fase da vida que reconhecemos que somos infelizes, porque realizamos as mesmas tarefas todos os dias, fazemos algo que não gostamos mas temos de fazer, que estamos presos às nossas decisões de vida e dali não podemos sair, ou que nos acomodamos simplesmente e somos rotineiros e básicos.
A segunda parte, o "irreal", aquela em que somos loucos, o suficiente loucos para termos uma ideia fantástica e vamos mudar para sempre a nossa vida. Em que vislumbramos um rasgo de felicidade permanente a partir dessa decisão. No fundo do desespero, com a coragem devida, mudamos o rumo e seremos felizes para sempre. É a parte do irrealismo, da irresponsabilidade e da possível loucura, ... demência talvez.
A terceira parte, é a altura que colocamos os pés no chão (ou que nos falta a coragem) e percebemos que o nosso destino está traçado e nunca seremos capazes de o mudar e em vez de seguir os instintos irreais, seguimos sim os instintos reais.

A capacidade de revolucionarmos o nosso caminho, está ao nosso alcance ou não?

Por isto, foi interessante este exercicio proposto por Sam Mendes, que soube desta forma ajustar e centralizar estas ideias em torno de um casal de actores, que por si só já tem uma imensa cumplicidade, e que estão praticamente em 100% das cenas deste filme. Dá uma ideia que se trata de uma peça de teatro com a Kate e o Leonardo o tempo todo em cena/palco, neste caso em tela, e parece que o filme "não respira".

Gostei da figura do lunático filho da vendedora de casas (Kathy Bates), com um sentido de humor extraordinário, e a dar enfâse à segunda parte, fazendo emergir o nosso lado louco e a colocar as verdades cruas à nossa mercê. Somos uns acomodados, e uns cobardes da vida.
A analogia aos acomodados, está expressa no grupo de colegas da Knox industries, que não acreditam, que não querem saber, e nem querem pensar em mudar sequer.

Citações:
John Givings: Hopeless emptiness. Now you've said it. Plenty of people are onto the emptiness, but it takes real guts to see the hopelessness.

John Givings: You want to play house you got to have a job. You want to play nice house, very sweet house, you got to have a job you don't like.

April Wheeler: Look at us. We're just like everyone else. We've bought into the same, ridiculous delusion.

O Rapaz do Pijama às Riscas

Um confronto entre a inocência pura e a monstrousidade da razão.

A história de uma familia alemã (nazi) que se muda para uma casa nova, perto de um campo de concentração nazi. Ali o rapaz descobre uma quinta onde trabalham pessoas esquisitas vestidas sempre de pijama e depois encontra um amigo (que não deveria ser amigo) para poder brincar.
Sejamos nós crianças para todo o sempre e este mundo seria muito mais feliz. O facto de crescermos e tornarmo-nos Homens, transforma-nos em detentores de uma razão sofismável, encoberta no conjunto de ideias que nos foram incutidas ao longo da nossa vida. Tornamo-nos fechados nos nossos mundos, independente da grandeza de qualquer um. A capacidade e habilidade de explorar-mos o desconhecido, de efectuar as perguntas do que nos rodeia, da curiosidade que nos move, vai-se perdendo e vamos deixando de ser as crianças. E enquanto crianças somos puras de consciência, não se importa se descascamos batatas ou praticamos medicina, não importa o se nome "shmul" é nome ou não, não sabemos o que é mal ou bem mas regimos segundo a nossa consciência, não receamos os nossos medos, e estes sentimentos deveriam perdurar connosco e saberíamos enquanto adultos mais tarde, ter um mundo melhor entre nós.

Este filme, fez-me recuar também ao "A vida é bela", o meu filme, onde encontramos na magia da brincadeira, do jogo, a esperança de uma luta. Qual será o meu número de jogo? Onde é que começa e termina o jogo que estamos a jogar? Como se joga este jogo? O que ganhamos no final do jogo?


Citações:
Bruno: We're not supposed to be friends, you and me. We're meant to be enemies. Did you know that?

Bruno: There is such thing as a nice Jew, though, isn't there?
Herr Liszt: I think, Bruno, if you ever found a nice Jew, you would be the best explorer in the world.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A Duquesa

A história da Duquesa de Devonshire numa sociedade britânica do século XVIII, em mais um filme de época, e de como estes filmes já têm uma receita comum.
Paisagens inglesas deslumbrantes, casas enormes e fantásticas, e guarda-roupas sem fim, são os ingredientes. Os temas são quase sempre os romances e intrigas. Depois junta-se a Keira e outro actor inglês, neste caso Ralph Fiennes, e "and all the british things are there".

Foi um filme quase "irmão" de Maria Antonieta, em quase tudo parecido, sendo que a diferença era um em França e outro em Inglaterra. Mas sabendo de que se trata de duas histórias verdadeiras, e pensar que as protagonistas tiveram uma vida parecida, dá que pensar.

citações:
Duke of Devonshire: This will be the mistake of your life.
Georgiana, The Duchess of Devonshire: No, I made that many years ago.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Vicky Cristina Barcelona

Duas amigas nova-iorquinas vão passar um verão a Barcelona, e eis o argumento deste filme. Assim como chegam, é como vão. Durante esse período vivem uma história incrível (confirmado no diálogo de Cristina e Vicky quando se sentam na esplanada, e Cristina conta as suas aventuras eróticas) entre amores e desamores numa forma que nunca teriam imaginado, senão fossem estas férias em Barcelona.
De como os romances ou os amores impossiveis fazem parte das nossas vidas, e como Maria Elena diz, que só o amor impossível é que pode ser romântico, vemo-nos confrontados com esta grande verdade durante este filme. E depois para manter a chama, procuramos o "sal" para dar outro sabor à relação, que pode muito bem ser o dar valor a aquilo que se tem, e não ao que se aventura.

Adorei como a Rebecca Hall/Vicky interpretou Woody Allen, isto é, a forma divertida, confusa e recambolesca que caracteriza os diálogos de Allen é passada na integra para a Vicky, vimo-nos quase que numa versão de Woody Allen no feminino.
De todo o elenco, a Penelope Cruz efectua um desempenho formidável, alternando os seus estados de loucuras da mesma forma como alterna o discurso entre o Inglês e o Castelhano, numa performance cheia de garra e de sensualidade.
A Scarlett não deslumbrou tanto, mas a mulher dos lábios mais sensuais da actualidade e do olhar mais ingénuo e provocador ainda está lá.

Depois, Barcelona! Quase que uma visita guiada é feita durante o filme a essa magnífica cidade, e em algumas cenas, autênticos postais ilustrados são criados pela fotografia do filme.
Finalmente, excelente a banda sonora, mesmo muito boa de se ouvir. Tenho de a arranjar!

Citações:
Juan Antonio: Maria Elena used to say that only unfulfilled love can be romantic.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O estranho caso de Benjamin Button

Um conto de F. Scott Fritzgerald deu origem a esta história.
Imaginemos nós, que a nossa vida tem duas linhas principais orientadoras na nossa evolução. Uma distingue a evolução fisica, o crescimento, amadurecimento e envelhecimento. A outra distingue a nossa capacidade de adquirir conhecimento, de aprendizado e depois de decadência mental. Agora imagine-se como poderia ser uma vida se estas linhas orientadoras viajassem em sentidos opostos. Este deve ter sido o exercício que David Fincher tentou trazer até nós através deste estranho caso.

Se formos a ver o filme é uma coisa simples, de uma história de vida, a de Daisy (Cate Blanchett) e que conta coisas da vida que poderiam ter sido e não foram, ou que aconteceram mas podiam ter sido evitadas, e que está muito bem filmada, sempre com o espectro de encararmos a morte como algo consumado. São várias as vezes que Benjamin, encontra a morte dos seus colegas de lar, enquanto ele próprio regredia na sua vida e rejuvenescia-se. Achei magnifica a cena do acidente de Daisy, a forma como foram colocados os "ses da vida" em cada momento de quem teve alguma influência naquela situação.
Gostei também de perceber que passei quase 3 horas no cinema e não dei pelo tempo a passar, tal forma como o filme está apetecível.

Os efeitos especiais estão fantásticos e alguém consegue imaginar o Brad Pitt quando ficar velho e cheio de artroses? Pois aqui está uma possibilidade ...

Citações:
Benjamin Button: Sometimes we're on a collision course, and we just don't know it. Whether it's by accident or by design, there's not a thing we can do about it. A woman in Paris was on her way to go shopping, but she had forgotten her coat - went back to get it. When she had gotten her coat, the phone had rung, so she'd stopped to answer it; talked for a couple of minutes. While the woman was on the phone, Daisy was rehearsing for a performance at the Paris Opera House. And while she was rehearsing, the woman, off the phone now, had gone outside to get a taxi. Now a taxi driver had dropped off a fare earlier and had stopped to get a cup of coffee. And all the while, Daisy was rehearsing. And this cab driver, who dropped off the earlier fare; who'd stopped to get the cup of coffee, had picked up the lady who was going to shopping, and had missed getting an earlier cab. The taxi had to stop for a man crossing the street, who had left for work five minutes later than he normally did, because he forgot to set off his alarm. While that man, late for work, was crossing the street, Daisy had finished rehearsing, and was taking a shower. And while Daisy was showering, the taxi was waiting outside a boutique for the woman to pick up a package, which hadn't been wrapped yet, because the girl who was supposed to wrap it had broken up with her boyfriend the night before, and forgot.
Benjamin Button: When the package was wrapped, the woman, who was back in the cab, was blocked by a delivery truck, all the while Daisy was getting dressed. The delivery truck pulled away and the taxi was able to move, while Daisy, the last to be dressed, waited for one of her friends, who had broken a shoelace. While the taxi was stopped, waiting for a traffic light, Daisy and her friend came out the back of the theater. And if only one thing had happened differently: if that shoelace hadn't broken; or that delivery truck had moved moments earlier; or that package had been wrapped and ready, because the girl hadn't broken up with her boyfriend; or that man had set his alarm and got up five minutes earlier; or that taxi driver hadn't stopped for a cup of coffee; or that woman had remembered her coat, and got into an earlier cab, Daisy and her friend would've crossed the street, and the taxi would've driven by. But life being what it is - a series of intersecting lives and incidents, out of anyone's control - that taxi did not go by, and that driver was momentarily distracted, and that taxi hit Daisy, and her leg was crushed.


Mrs. Maple: Benjamin, we're meant to lose the people we love. How else would we know how important they are to us?

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sete vidas

Um filme em crescendo, com um final devastador.
Um filme como já não via a algum tempo, e que nos dá que pensar.
Seremos nós, merecedores de uma segunda oportunidade de vida? Teremos nós, a capacidade de dar sem receber? Haverá algum dia alguém capaz de fazer justiça, e dar esta segunda oportunidade sem pedir nada em troca para outro que mereça porque simplesmente não teve a sorte do seu lado?

Desde o principio do filme, as peças de um puzzle, estão espalhadas por várias cenas e cada vez mais vão sendo mais densas e sem sentido. No final o puzzle, compõe-se e ficamos extasiados como uma vida vale tanto, quanto mais sete.

Sete vidas, revela um Will Smith, com um papel muito bom, a carregar a emoção e a dor da personagem ao longo do filme de um modo simplesmente fantástico.

Citações:
Ben Thomas: I did something really bad once and I'm never gonna be the same!

domingo, 18 de janeiro de 2009

A Troca

Bom, não tenho a certeza se este filme está nomeado para algum óscar, mas de certeza que a Angelina merece a nomeação. Achei fantástica a performance dela neste filme. Um mãe solteira que tem um filho desaparecido e contra a justiça californiana, luta sozinha.
Ela consegue transmitir, uma atitude calma e fria, guardando dentro de si a raiva e a dor que uma mãe deve sentir nesta situação, sem recorrer sistematicamente a cenas de "desespero". Um pouco também à semelhança do filme anterior, "A mighty heart", também relativo a uma história verídica, fazia o papel de uma esposa que procurava o seu marido jornalista (Daniel Pearl) desaparecido na palestina.

Extraordinário, também foi o trabalho de produção deste filme. A forma como conseguiram recriar Los Angeles nos anos 20 e 30. Desde os eléctricos vermelhos, às ruas e edíficios, entre outros locais que apesar de não conhecer, estava tudo muito bem.
E o guarda roupa, também notei (pelo menos) a evolução na moda dos chapéus. Inicialmente no filme, e relativamente aos anos 20, as senhoras andavam com chapéus completamente fechados tipo touca na cabeça, e já no fim do filme, os chapéus já tinham abas. Poderei estar a cometer alguma imprecisão já que não percebo nada de moda, mas penso que são pormenores muito cuidados para quem realizou e produziu este filme.

Gostei também da fotografia do filme. Considero que a cena do confronto da Cristine Collins com o assassino na cela, antes da morte dele, como uma imagem fotográfica perfeita da Angelina.

Citações:
Christine Collins: He's not my son.

Christine Collins: Fuck you and the horse you rode in on.

sábado, 17 de janeiro de 2009

RocknRolla

Um bom filme. Um filme de gangsters londrinos, e com uma dose de humor q.b.
Tem uma banda sonora interessante e também uma boa interpretação de alguns dos actores. Interessante também o facto do realizador efectuar algumas analogias com mundo actual.

Gosto de filmes que têm uma voz de narrador a acompanhar a história, e este é um deles.

Citações:
One One Two: You dirty bastard.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Acabou o meu Medeia Card

Finito um ano de quase 60 movies. Não há um grande filme, vários bons, alguns maus e outros assim-assim.

A Valsa com Bashir, O Cavaleiro das Trevas, O Lado Selvagem, O Assassínio de Jesse James pelo Cobarde Robert Ford, Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street, Caramel e mais outros... sem grandes justificações estão entre os melhores.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Australia

Um conto de fadas tirado do fundo do baú.

Depois, o filme que varia entre o Western, o Drama, o Romance, tudo misturado num continente de um só país. Diria quase um filme épico, pois fez-me lembrar "África Minha" ou "Mogambo", por causa da "donzela" que chega a uma terra diferente, estranha para os seus costumes, que acaba por lutar por ela e no fim sai-se vitoriosa por ter a conquistado.

Um filme que também mostra uma face mais oculta da Austrália, interessante conhecer a sua história dos anos 30/40.

Por outro lado, mostra a grandiosidade do país, com grandes planos das paisagens australianas, embora quase todas (para não dizer todas) realizadas através de CGI's, dá para ficarmos conquistados por aqueles lugares.

Citações:
Lady Sarah Ashley: Let's go home.
Drover: There's no place like it.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A Valsa com Bashir

Para Óscars.

Uma banda desenhada passada para animação, foi este o meu pensamento enquanto assistia o filme. Mas é mais que uma banda desenhada, são os relatos de uma vida vivida no meio da guerra na palestina transformada em animação.

Gostei imenso, tanto pela forma como a animação estava trabalhada, como à medida que a história se ia desenrolando ficava mais curioso sobre o que de facto tinha acontecido, deixando-me pregado ao écran completamente ... e é isto que gosto do cinema!

No final um excelente "acordar para a vida", de sairmos do imaginário da animação para o real da guerra, e de facto a guerra não tem razão alguma.
Hoje, quando vejo este filme, há uma guerra quase no mesmo sitio, e não sinceramente o porquê.

Além disto, a banda sonora estava formidável, e ali no meio estavam os Cake e em vez de "I bombed Korea every night" passou a "I bombed Beirut" ...

Citações

domingo, 4 de janeiro de 2009

Virtude Fácil

Virtude fácil, ou um filme muito fácil de ver. Sem lugar a grandes enredos ou questões que nos deixam a pensar, é simplesmente um filme cheio de humor ("british humor")para se ver e relaxar.

No epicentro do filme, está a eterna "guerra" entre sogras e noras. Uma sogra agarrada aos costumes de sempre e com tradição de familia, e uma nora cheia de glamour e sem grandes complexos, guerreiam-se de principio a fim. Acompanhadas por um marido descomprometido, vivendo a vida por viver, e com uma piada genial.

É um filme que vale a pena ver, tanto pelo humor de principio a fim, como pelas interpretações que admirei do Colin Firth e da Kristin Scott Thomas.

Citações: