segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Óscars 2009

Melhor Filme: QUEM QUER SER BILIONÁRIO? (concordo)
Melhor Realizador: DANNY BOYLE, QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Melhor Actor: SEAN PENN, MILK(concordo)
Melhor Actriz: KATE WINSLET, O LEITOR(tenho de ver)
Actor secundário: HEATH LEDGER, O CAVALEIRO DAS TREVAS(concordo)
Actriz secundária: PENELOPE CRUZ, VICKY CRISTINA BARCELONA(concordo)
Longa-metragem de animação: WALL-E(tenho de ver ... lastimável)
Argumento original: DUSTIN LANCE BLACK, MILK(preferia in Brugges)
Argumento adaptado: SIMON BEAUFOY, QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Banda Sonora Original: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Canção Original: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Fotografia: ANTHONY DOD MANTLE, QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Efeitos Visuais: O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON(concordo)
Efeitos Sonoros: O CAVALEIRO DAS TREVAS(concordo)
Cenografia: O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON(preferia a Troca)
Figurinos: A DUQUESA(concordo)
Maquilhagem: O ESTRANHO CASO DE BENJAMIN BUTTON(preferia a Troca)
Curta-metragem de animação: LA MAISON EN PETITS CUBES(tenho de ver)
Curta-metragem: THE PIG(tenho de ver)
Filme Estrangeiro: DEPARTURE (Japão)(tenho de ver)
Documentário de longa-metragem: HOMEM NO ARAME(tenho de ver)
Documentário de curta-metragem: SMILE PINKY(tenho de ver)
Som: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(concordo)
Montagem: QUEM QUER SER BILIONÁRIO?(preferia o Milk)

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Milk

Um filme sobre Harvey Milk, o primeiro homossexual assumido a ocupar um cargo politico nos Estados Unidos.

Gus Van Saint, não fugindo a questões politicas, consegue através de uma realização realista (usando frenquente vezes imagens reais) exprimir o envolvimento activista da classe gay de são francisco.

A interpretação de Sean Penn, está de facto muito boa.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Um dia de cada vez

"És feliz?"
... perguntaram-me um dia.

Tenhos saúde, bons amigos, familia, boas condições de vida ... falta-me alguma coisa?

Acredito, só que a felicidade é real quando partilhada.

Citações:
Zoe: You can't make everyone happy.
Poppy: There's no harm in trying that Zoe, is there?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Quem quer ser Bilionário?

Vou começar pelo fim.
"It is written."
O destino é o que nós construímos ou é o que nos calha? No meio de tanta confusão e rebuliço das nossas vidas, que raio é que é o destino?
Danny Boyle, coloca-nos esta questão no principio do filme. E vai-nos respondendo ao longo da história de uma vida de Jamal Malik.
Por um lado a nossa perseverança nas crenças que assumimos e a coragem nas decisões que somos obrigados a tomar, são factores que nos podem guiar para que consigamos encontrar o nosso destino. Por este prisma somos nós que construímos o caminho em busca desse destino.
Por outro lado, se esse destino não está já escrito, de maneira que hajam provas de que ele está à nossa espera, no sentido de encontrarmos algum sinal que nos faça acreditar então não há como acreditar no caminho mais correcto.

E foi isso que senti. Por muita merda que somos obrigados a nos meter, por mais lutas desiguais que tenhamos de travar, por mais rombos na nossa alma, se nunca chegarmos a ter sinais de que de facto o nosso destino é aquele que acreditamos, dificilmente iremos ter a coragem de voltar a reerguer e voltar a lutar contra todas as vicissitudes.

O retrato de uma India miserável. O postal de uma cidade tal como ela é. A confusão de quem vive integrado numa sociedade completamente "overcrowded" e todas as dificuldades inerentes, que passa pela politica, religião e cultura, que não agradam a ninguém, estão bem expressas neste filme. É dificil, mesmo num 'retrato documental' experienciar um novo país e conhecer as suas características, mas penso que podemos ter alguma noção de como é a India, apesar de eu defender que para conhecermos, temos de lá estar e ver com os nossos próprios olhos, sentir com a nossa pele e cheirar com o nosso olfacto.
Podemos comparar um bocado com o anterior The Darjeeling Limited, onde conseguimos encontrar os cheiros e cores da India, enquanto neste encontramos a sociedade que lá sobrevive.

Quanto ao filme e produção em si, achei que a banda sonora encaixa muito bem em várias cenas, especialmente nas cenas de perseguição e de maior tensão. Penso que brevemente vamos poder ver alguns destes actores de Slumdog fora do ambiente de Bollywood, e aí estou bastante curioso quanto às suas prestações.

Citações:

Jamal Malik: I knew you'd be watching
Latika: I thought we would meet only in death.
Jamal Malik: This is our destiny
Latika: Kiss me

Prem Kumar: So are you ready for the final question for 20 million rupees?
Jamal Malik: No, but maybe its written, no?
Prem Kumar: Maybe...

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Revolutionary Road

Foi uma interessante perspectiva de olhar as opções de vida que nos podem calhar.
Podemos defini-los em 3 vertentes.
A primeira que identificamos como a "real", ou seja, aquela fase da vida que reconhecemos que somos infelizes, porque realizamos as mesmas tarefas todos os dias, fazemos algo que não gostamos mas temos de fazer, que estamos presos às nossas decisões de vida e dali não podemos sair, ou que nos acomodamos simplesmente e somos rotineiros e básicos.
A segunda parte, o "irreal", aquela em que somos loucos, o suficiente loucos para termos uma ideia fantástica e vamos mudar para sempre a nossa vida. Em que vislumbramos um rasgo de felicidade permanente a partir dessa decisão. No fundo do desespero, com a coragem devida, mudamos o rumo e seremos felizes para sempre. É a parte do irrealismo, da irresponsabilidade e da possível loucura, ... demência talvez.
A terceira parte, é a altura que colocamos os pés no chão (ou que nos falta a coragem) e percebemos que o nosso destino está traçado e nunca seremos capazes de o mudar e em vez de seguir os instintos irreais, seguimos sim os instintos reais.

A capacidade de revolucionarmos o nosso caminho, está ao nosso alcance ou não?

Por isto, foi interessante este exercicio proposto por Sam Mendes, que soube desta forma ajustar e centralizar estas ideias em torno de um casal de actores, que por si só já tem uma imensa cumplicidade, e que estão praticamente em 100% das cenas deste filme. Dá uma ideia que se trata de uma peça de teatro com a Kate e o Leonardo o tempo todo em cena/palco, neste caso em tela, e parece que o filme "não respira".

Gostei da figura do lunático filho da vendedora de casas (Kathy Bates), com um sentido de humor extraordinário, e a dar enfâse à segunda parte, fazendo emergir o nosso lado louco e a colocar as verdades cruas à nossa mercê. Somos uns acomodados, e uns cobardes da vida.
A analogia aos acomodados, está expressa no grupo de colegas da Knox industries, que não acreditam, que não querem saber, e nem querem pensar em mudar sequer.

Citações:
John Givings: Hopeless emptiness. Now you've said it. Plenty of people are onto the emptiness, but it takes real guts to see the hopelessness.

John Givings: You want to play house you got to have a job. You want to play nice house, very sweet house, you got to have a job you don't like.

April Wheeler: Look at us. We're just like everyone else. We've bought into the same, ridiculous delusion.

O Rapaz do Pijama às Riscas

Um confronto entre a inocência pura e a monstrousidade da razão.

A história de uma familia alemã (nazi) que se muda para uma casa nova, perto de um campo de concentração nazi. Ali o rapaz descobre uma quinta onde trabalham pessoas esquisitas vestidas sempre de pijama e depois encontra um amigo (que não deveria ser amigo) para poder brincar.
Sejamos nós crianças para todo o sempre e este mundo seria muito mais feliz. O facto de crescermos e tornarmo-nos Homens, transforma-nos em detentores de uma razão sofismável, encoberta no conjunto de ideias que nos foram incutidas ao longo da nossa vida. Tornamo-nos fechados nos nossos mundos, independente da grandeza de qualquer um. A capacidade e habilidade de explorar-mos o desconhecido, de efectuar as perguntas do que nos rodeia, da curiosidade que nos move, vai-se perdendo e vamos deixando de ser as crianças. E enquanto crianças somos puras de consciência, não se importa se descascamos batatas ou praticamos medicina, não importa o se nome "shmul" é nome ou não, não sabemos o que é mal ou bem mas regimos segundo a nossa consciência, não receamos os nossos medos, e estes sentimentos deveriam perdurar connosco e saberíamos enquanto adultos mais tarde, ter um mundo melhor entre nós.

Este filme, fez-me recuar também ao "A vida é bela", o meu filme, onde encontramos na magia da brincadeira, do jogo, a esperança de uma luta. Qual será o meu número de jogo? Onde é que começa e termina o jogo que estamos a jogar? Como se joga este jogo? O que ganhamos no final do jogo?


Citações:
Bruno: We're not supposed to be friends, you and me. We're meant to be enemies. Did you know that?

Bruno: There is such thing as a nice Jew, though, isn't there?
Herr Liszt: I think, Bruno, if you ever found a nice Jew, you would be the best explorer in the world.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A Duquesa

A história da Duquesa de Devonshire numa sociedade britânica do século XVIII, em mais um filme de época, e de como estes filmes já têm uma receita comum.
Paisagens inglesas deslumbrantes, casas enormes e fantásticas, e guarda-roupas sem fim, são os ingredientes. Os temas são quase sempre os romances e intrigas. Depois junta-se a Keira e outro actor inglês, neste caso Ralph Fiennes, e "and all the british things are there".

Foi um filme quase "irmão" de Maria Antonieta, em quase tudo parecido, sendo que a diferença era um em França e outro em Inglaterra. Mas sabendo de que se trata de duas histórias verdadeiras, e pensar que as protagonistas tiveram uma vida parecida, dá que pensar.

citações:
Duke of Devonshire: This will be the mistake of your life.
Georgiana, The Duchess of Devonshire: No, I made that many years ago.