domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Rapaz do Pijama às Riscas

Um confronto entre a inocência pura e a monstrousidade da razão.

A história de uma familia alemã (nazi) que se muda para uma casa nova, perto de um campo de concentração nazi. Ali o rapaz descobre uma quinta onde trabalham pessoas esquisitas vestidas sempre de pijama e depois encontra um amigo (que não deveria ser amigo) para poder brincar.
Sejamos nós crianças para todo o sempre e este mundo seria muito mais feliz. O facto de crescermos e tornarmo-nos Homens, transforma-nos em detentores de uma razão sofismável, encoberta no conjunto de ideias que nos foram incutidas ao longo da nossa vida. Tornamo-nos fechados nos nossos mundos, independente da grandeza de qualquer um. A capacidade e habilidade de explorar-mos o desconhecido, de efectuar as perguntas do que nos rodeia, da curiosidade que nos move, vai-se perdendo e vamos deixando de ser as crianças. E enquanto crianças somos puras de consciência, não se importa se descascamos batatas ou praticamos medicina, não importa o se nome "shmul" é nome ou não, não sabemos o que é mal ou bem mas regimos segundo a nossa consciência, não receamos os nossos medos, e estes sentimentos deveriam perdurar connosco e saberíamos enquanto adultos mais tarde, ter um mundo melhor entre nós.

Este filme, fez-me recuar também ao "A vida é bela", o meu filme, onde encontramos na magia da brincadeira, do jogo, a esperança de uma luta. Qual será o meu número de jogo? Onde é que começa e termina o jogo que estamos a jogar? Como se joga este jogo? O que ganhamos no final do jogo?


Citações:
Bruno: We're not supposed to be friends, you and me. We're meant to be enemies. Did you know that?

Bruno: There is such thing as a nice Jew, though, isn't there?
Herr Liszt: I think, Bruno, if you ever found a nice Jew, you would be the best explorer in the world.

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